domingo, 27 de fevereiro de 2005

Mais um atentado ambiental!!!

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão abate árvores centenárias!!!

Comunicado de imprensa

Perante os resultados da eleições legislativas de 20 de Fevereiro a coordenadora concelhia do Bloco de Esquerda de Famalicão, conclui que:

  • Os portugueses apresentaram de uma forma substancial e histórica o seu descontentamento e a sua oposição às políticas de direita, levadas acabo pela coligação PSD/PP que arrastaram o país para uma profunda crise social, alimentando um cenário de grande exclusão social;
  • Os portugueses disseram de uma forma clara às direitas PSD/PP, que não aceitam o desemprego, a precariedade, a especulação, a discriminação, os corporativismos, a mentira ensurdecedora, a miséria e a pobreza;
  • Cada vez mais, os eleitores e eleitoras do nosso país acreditam no Bloco de Esquerda, abraçando e confiando no seu movimento combativo, construtivo, exigente, apresentando-se sempre em nome de uma política verdadeira, democrática e de justiça social;
  • A forte votação que o BE alcançou, é a prova que os portugueses sabem que somos uma esquerda de confiança, porque verificam e acompanham as nossas lutas permanentes pelos compromissos assumidos, tomando posições claras contra as políticas desastrosas dos governos da direita.

O Bloco de Esquerda foi o partido que mais cresceu nestas eleições:

Passamos de 3 para 8 deputados; no distrito de Braga ficamos a 400 votos de eleger o nosso candidato Pedro Soares; no nosso concelho passamos para 4ªforça política mais votada sendo ainda em algumas freguesias a 3ª força.

Com a votação obtida no passado dia 20 de Fevereiro aumentou a nossa responsabilidade, mas os Famalicenses que em nós confiaram o seu voto podem ter a certeza que o Bloco de Esquerda jamais trairá as expectativas criadas.

No parlamento os nossos deputados apresentarão propostas de combate ao desemprego, de criação de emprego, bem como projectos de combate à corrupção e à fraude fiscal, por melhores condições de vida e justiça social. No parlamento e nas lutas sociais o Bloco não vira a cara à luta, tem uma só voz política de fidelidade aos compromissos assumidos com os eleitores.

A coordenadora concelhia do Bloco de Esquerda congratula-se pela forma combativa e exigente que os militantes e simpatizantes mostraram nestas eleições. Sem o esforço e dedicação esta vitória não seria possível.

A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Famalicão

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Números das eleições



Nas quatro cidades mais populosas do país (Lisboa, Porto, Sintra e Gaia), o Bloco supera os resultados da CDU.
Nos distritos de Faro e Coimbra, o Bloco é a terceira força política, ultrapassando tanto a CDU como o PP.
O Bloco só é quinto partido eleitoral nos distritos de Braga (onde ficamos a 400 votos de eleger), Castelo Branco (a 34 votos do PCP), Santarém (a mil votos do PP) e Vila Real (a 115 do PCP). Em todos os outros somos 4ª força eleitoral.

Distritos onde o Bloco ultrapassa o PCP: Faro, Coimbra, Madeira, Açores, Viseu, Aveiro, Bragança, Guarda, Leiria, Porto, Viana do Castelo.
Distritos onde o Bloco ultrapassa o PP: Faro, Coimbra, Beja, Évora, Lisboa, Portalegre, Setúbal.
O resultado percentual mais elevado do Bloco é no concelho do Entroncamento (12,8%), onde se realizou o penúltimo comício da campanha eleitoral.

As novas deputadas e deputados do BE

Além dos deputados eleitos em 2002 em Lisboa (Francisco Louçã e Luis Fazenda) e no Porto (João Teixeira Lopes), o Bloco elegeu mais cinco deputadas e deputados. Veja a seguir os seus currículos abreviados.

Fernando Rosas (Setúbal), professor catedrático em história contemporânea na FCSH (Universidade Nova de Lisboa), membro da Comissão Permanente do Bloco;
Mariana Aiveca (Setúbal), trabalhadora da função pública, dirigente sindical, membro do Conselho Nacional da CGTP;
Ana Drago (Lisboa), socióloga, membro da Comissão Permanente do Bloco;
Helena Pinto (Lisboa), dirigente associativa, coordenadora da UMAR, União de Mulheres Alternativa e Resposta, membro da Comissão Permanente do Bloco;
Alda Macedo (Porto), professora, membro da Mesa Nacional do Bloco.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Vitória histórica do BE



Vitória histórica do BE

A direita teve uma derrota histórica nas eleições legislativas. Foi a pior de sempre desde o 25 de Abril, uma derrota que atingiu os dois partidos do governo, tanto o PSD quanto o PP.
O Bloco de Esquerda foi o partido do espectro político que mais cresceu. Passámos de três para oito deputados. Elegemos quatro deputados em Lisboa, dois em Setúbal e dois no Porto. Ficámos a 400 votos de eleger um deputado em Braga e a 200 em Aveiro. Ficámos ainda a 1100 votos de eleger um deputado em Faro. Em termos nacionais, passámos de 150 mil votos para 365 mil votos.
Fomos a terceira força em Coimbra e em Faro. Ultrapassámos a CDU na Madeira, em Leiria, Aveiro, Porto e Viseu. E ultrapassámos o PP em Beja, Setúbal, Lisboa e Évora.

No novo parlamento, apresentaremos as propostas com que nos comprometemos e responderemos à maioria absoluta do Partido Socialista com as propostas que correspondem a uma maioria social: avançaremos imediatamente com uma proposta para a realização em Julho do referendo pela despenalização do aborto.
Apresentaremos as nossas propostas de combate ao desemprego e pela criação de emprego, bem como as propostas de combate à corrupção e à fraude fiscal. No parlamento e nas lutas sociais, o Bloco não vira a cara, tem uma só voz e uma política de fidelidade aos compromissos.


Pedro Soares ficou a 400 votos de ser eleito como deputado



Pedro Soares cabeça de lista por Braga, ficou a 400 votos da eleição para deputado.

Os resultados

Os resultados podem ser consultados aqui:

Concelho de Famalicão

Distrito de Braga

País

domingo, 20 de fevereiro de 2005

A festa de encerramento do BE

Na sexta-feira passada, a festa de encerramento da campanha do BE no Teatro Rivoli no Porto, veio demonstrar o inequívoco crescimento do Bloco.
Um Teatro Rivoli esgotadíssimo, que teve de encerrar as portas por questões de segurança.



Francisco Louçã e Teixeira Lopes acabam por ter de falar também no átrio de entrada para as inúmeras pessoas que não conseguiram entrar.



A festa acabaria por decorrer ainda com um concerto de Sérgio Godinho, e seria encerrada com os Sloppy Joe.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Para conhecer melhor o Bloco



Se ainda não conheces bem as propostas do Bloco para as eleições, eis uma lista de documentos que vale a pena ler:
Descarrega aqui o Programa do Bloco em formato pdf.
Aqui encontras o Programa de Emergência contra o desemprego.
Também vale a pena ler as Propostas do BE para a sustentabilidade da Segurança Social.
Para uma leitura mais resumida, recomendamos o manifesto nacional da candidatura do Bloco.
O jornal Esquerda também tem um resumo das principais propostas do Bloco, além de outros artigos de interesse.
Na secção MULTIMÉDIA podes ainda ver os tempos de antena do Bloco e os frente-a-frente de Francisco Louçã com Paulo Portas e Jerónimo de Sousa.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda - sexta, 18 Fevereiro

07h45 – Braga – Pedro Soares, António Lima, José Maria Cardoso e João Oliveira contactam com os trabalhadores da Montagut e Maconde.

10h00 – Braga - Pedro Soares, António Lima, José Maria Cardoso e João Oliveira contactam com os trabalhadores nos parques industriais de Celeiros e Adaúfe.

14h00 – Braga - Pedro Soares , António Lima, José Maria Cardoso e João Oliveira contactam com os trabalhadores da Grundig.

15h00 – Póvoa de Lanhoso – Pedro Soares, António Lima, José Maria Cardoso e João Oliveira contactam com os trabalhadores da Lear.

17h00 – Braga – Pedro Soares, António Lima, José Maria Cardoso e João Oliveira contactam com os eleitores no centro da cidade.

21h00 – Porto, Rivoli – Pedro Soares e restantes candidatos acompanham Francisco Louçã no comício-festa de encerramento da campanha, com música de Sérgio Godinho e Sloppy Joe.

Grande festa de encerramento da campanha

Esta sexta, no Teatro Rivoli no Porto.
A partir das 21 horas:
Comício com João Teixeira Lopes, Francisco Louçã, e Miguel Portas.
Música com Sérgio Godinho


e Sloppy Joe



Convida a família e os amigos - há lugar para tod@s.
NÃO FALTES!

Até onde vai o desespero

O presidente do PSD, Santana Lopes, está a enviar cartas aos eleitores a apelar à participação nas eleições de domingo, para "fazer frente" aos "poderosos" interessados em impedir a concretização de medidas promovidas pelo seu Governo. "Tenho defeitos como todos os seres humanos, mas conhece algum político em Portugal que eles tratem tão mal como a mim?", pergunta Santana Lopes.

A missiva, que hoje começou a chegar às caixas de correio, avisa o eleitor de que se não ler a carta "fará o mesmo que o Presidente da República fez a Portugal, ao interromper um conjunto de medidas que beneficiavam os portugueses".

Claramente dirigida aos abstencionistas, a carta assinada por Santana Lopes destaca a frase "você não costuma votar, e não é por acaso".

O líder do PSD queixa-se de "alguns poderosos a quem interessa que fique tudo na mesma" e "pisca o olho" ao eleitor quando diz: "Provavelmente nós temos algo em comum: não nos damos bem com este sistema".

"Tenho defeitos como todos os seres humanos, mas conhece algum político em Portugal que eles tratem tão mal como a mim?", pergunta Santana Lopes, antes de afirmar: "Também o tratam mal a si. Já somos vários".

"Ajude-me a fazer-lhes frente. Desta vez, venha votar. É um favor que lhe peço!", sublinha o líder social-democrata, insistindo ainda: "Portugal precisa do seu voto de justiça".

In Público


Segue-se a famosa carta:


Caro (a) Amigo(a)

Não pare de ler esta carta

Se o fizer, fará o mesmo que o Presidente da República fez a Portugal, ao interromper um conjunto de medidas que beneficiavam os portugueses e as portuguesas.

Portugal precisa do seu voto para fazer justiça.

Só com o seu voto será possível prosseguir as políticas que favorecem os que menos ganham e que exigem mais dos que mais têm e mais recebem.

Você não costuma votar, e não é por acaso.

Afastou-se pelas mesmas razões que eles nos querem afastar.

E quem são eles?

Alguns poderosos a quem interessa que tudo fique na mesma.

Incluindo a velha maneira de fazer política.

Eles acham que eu sou de fora do sistema que eles querem manter. Já pensou bem nisso?
Provavelmente nós temos algo em comum: não nos damos bem com este sistema.

Tenho defeitos como todos os seres humanos, mas conhece algum político em Portugal que eles tratem tão mal como a mim?

Também o tratam mal a si. Já somos vários.

Ajude-me a fazer-lhes frente.

Desta vez, venha votar. É um favor que lhe peço!

Por todos nós,

Pedro Santana Lopes





Entrevista de Francisco Louçã ao Público

Em entrevista ao Público:

Entrevista com Francisco Louçã

O candidato do Bloco de Esquerda explica as suas ideias sobre a necessária arrumação das contas públicas e a estratégia do partido para o ciclo político que resultar das próximas eleições. Pretende uma auditoria aos serviços do Estado, mas defende o papel deste na criação de emprego. Uma entrevista por Eduardo Dâmaso e Raquel Abecasis (Rádio Renascença)

Francisco Louçã exclui nesta entrevista ao programa Diga Lá, Excelência, da Rádio Renascença e do PÚBLICO, que conta com a colaboração do canal Dois, da RTP, qualquer cenário de coligação com o PS, mas admite que vai fazer todas as negociações possíveis em torno de políticas concretas. Nesse sentido, explica por que é que entende o programa eleitoral do BE como um compromisso para a governação. O objectivo é fazer com que a sua força perante um eventual governo do PS modifique para melhor a vida do maior número possível de pessoas. É esta a aposta do que diz ser uma esquerda moderna, que não renegue o passado, mas não viva condicionado por ele.

P. - Se perguntarmos na rua às pessoas quem é o líder do BE, as pessoas dizem-nos que é você. Mas no BE esse estatuto de liderança não existe. Porquê? A actual estrutura de liderança é um mero pró-forma?

R. - Não é um pró-forma. Nas eleições europeias o cabeça de cartaz foi Miguel Portas, nas presidenciais foi Fernando Rosas. A política moderna não se faz com a estrutura da corte hierárquica com um rei e uns arquiduques que de vez em quando conspiram contra o rei e uma plebe que vai obedecendo às ordens. A política moderna tem que se fazer de uma forma diferente.Temos de a inventar e de aprender com essa transformação. Ela tem de se fazer de uma forma que reconhece a essência do pluralismo político. Um partido hierárquico, como são os outros partidos em Portugal, não pode ter pluralismo, porque necessariamente tem uma estrutura de ordem, de disciplina, de imposição. Ora, hoje, não se pode conhecer um país e ter uma esquerda actuante, moderna, politicamente activa a não ser a partir do pluralismo.

P. - Não se pode dizer que os outros partidos, por serem organizados hierarquicamente, que não são pluralistas.

R. - São partidos tribais. Têm várias tribos que disputam o poder entre si. O PS pode dar-se bem uma noite com Jaime Gama como secretário-geral, noutra com Ferro Rodrigues e agora com José Sócrates.

P. - A campanha do PS para secretário-geral foi um debate político aberto e plural.

R. - Não digo que não haja debate nos outros partidos. O que digo é que o sentido do pluralismo como uma riqueza própria dos partidos e não como a dependência de uma pessoa que determina a linha política de uma forma unívoca é muito importante para uma esquerda moderna. E isso é decisivo.

P. - No BE onde é que estão as ideologias próprias dos três partidos que o compõem - PSR, UDP e Política XXI?

R. - Os partidos que deram origem ao Bloco desapareceram, porque o Bloco é o partido, o movimento político, que queremos formar. Portanto, um processo natural de evolução fez com que o Bloco se afirmasse como projecto e proposta política. Agora, nós fizemos uma escolha no BE que é assentar em ideias fortes que são respostas políticas, não estando condicionados por interpretações da história que são anteriores. Respeitamo-las, olhamos para elas percebendo que o passado faz parte da nossa vida, assumimos com toda a tranquilidade os erros e as vantagens, virtudes e defeitos que ele tem, mas percebendo sobretudo que em Portugal era necessária uma esquerda nova. O que estamos a fazer é uma esquerda nova, é uma transformação política em função de ideias muito claras, que são respostas aos grandes problemas da Europa, da política internacional e sobretudo à questão de saber como é possível uma política socialista viável em Portugal.

P. - E essa é ou não uma esquerda preparada para ir para o governo?

R. -É uma esquerda preparada para disputar a governação.

P. - Preparada para fazer parte de uma plataforma de governo?

R. - Estamos preparados para isso, mas não o faremos. As sondagens dão-nos 8 por cento e um partido que eventualmente venha a ter este valor em eleições não deve ir para o governo. Vai-se para o governo quando se tem uma base eleitoral de maioria ou de representatividade suficiente. Uma coligação faz-se quando há acordos suficientes entre dois partidos. Esses não existem com o PS.

P. - A possibilidade de poder fazer uma coligação à esquerda com o PS até que ponto é encarada pelo BE?

R. - O BE só vale nestas eleições como resposta a como deve ser governado Portugal. O programa que apresentamos é um programa de governação. Agora, sabemos que, em função dos resultados eleitorais, o pior que poderíamos fazer era não ser claros nesta matéria: dizemos, por isso, que o programa do PS é contraditório em matérias importantes. Nesse sentido, o BE não deve formar um governo com o PS, porque um executivo deste partido vai discutir o aumento da idade da reforma e nós queremos opôr-nos a isso. Um governo do PS introduziu já com António Guterres os hospitais SA, que caminham para uma forma de gestão privada no Serviço Nacional de Saúde, que foi muito ampliada com os governos PSD-PP, e que nós recusamos. Portanto, não tem sentido fazer um governo que nos condicione a respostas políticas que achamos que prejudicam o país.

Também entendo que há muitos pontos essenciais em que tem de haver uma maioria social e que há uma maioria de esquerda deste país.

P. - Maioria que era mais fácil ter feito com Ferro Rodrigues do que com José Sócrates, que procura captar eleitorado ao centro.

R. - É verdade, mas não somos nós que escolhemos os líderes de qualquer outro partido e dialogamos com o mesmo respeito com qualquer dirigente político. Mesmo com o Governo de António Guterres fizemos acordos e comprometemo-nos com eles. Aliás, até gostava que um dia o PS nos respondesse se está disposto a recuperar esses acordos feitos à esquerda, em matérias de política fiscal, contratos de trabalho, protecção social, combate à pobreza. Nestas matérias, procuraremos que haja uma maioria confortável de decisão política no Parlamento, porque achamos que há maioria no país.

P. - O BE está disposto a viabilizar um orçamento rectificativo que o PS apresente, caso venha a ser governo, já em 2005 e mesmo outros orçamentos para a legislatura, caso seja um executivo sem maioria absoluta?

R. - Não sei se vai haver um orçamento rectificativo. O PS nunca o disse e tecnicamente não é indispensável. Há orçamentos rectificativos que podem ser limitados e importantes e outros que podem não ser. Tanto o BE como o PCP se abstiveram num orçamento rectificativo do Governo de António Guterres em que se tratava de pagar as contas do Serviço Nacional de Saúde aos fornecedores. Não temos nenhum complexo a esse respeito, mas eu só posso aprovar um orçamento com o qual concorde.

P. - Está disponível para negociar um orçamento com o PS?

R. - Discutiremos todas as leis e a lei mais importante é a do Orçamento. Surpreende-me é que nesta campanha eleitoral - depois de tudo o que se disse antes do défice, vivemos três anos da obsessão do défice - a questão do défice tenha desaparecido. É extraordinário...

P. - Há uma relativização da importância do défice...

R. - Há, mas é errado, porque é um problema importante. O BE apresentou um conjunto de propostas sobre a redução da despesa conjugada com a reforma fiscal, assumindo a dificuldade dessa política, porque sabemos que tanto a consolidação orçamental, como a reforma fiscal exigem pelo menos dois anos, porque a clareza das contas públicas tem de ser garantida por qualquer governo que venha a sair das eleições. O engenheiro Sócrates terá esse problema, caso ganhe as eleições, e nós queremos contribuir para a sua resolução. É por isso que propomos uma reforma fiscal que pode aumentar em 1 ou 2 por cento do PIB a receita fiscal, com mais 600 milhões de contos, no mínimo, porque se calcula que a fraude fiscal anda à volta de 1500 milhões, por aí. É por isso que propomos também que, ao nível das contas públicas, se tome a única medida possível para reduzir o desperdício, que é fazer uma auditoria geral às contas públicas, ou seja, reconstruir o Orçamento, fazendo com que cada sector do Estado justifique as suas despesas.

P. - Isso pode não chegar, porque não enfrenta o problema do peso da função pública, da dívida da Saúde e da despesa com a Segurança Social, o que pode implicar despedimentos.

R. - Ai de quem defenda isso... porque acho que não tem razão e fala sem saber!

P. - O PS não assume isso verdadeiramente no seu programa, mas há muita gente nesse partido que o defende.

R. - Há uma proposta do PS que vai nesse sentido errado, que é a de só admitir um um em cada dois funcionários que saiam. Isso é uma visão estratégica errada, porque precisamos de rejuvenescer e qualificar os quadros da função pública e não é contendo dessa forma que podemos chegar a esse objectivo. Esse objectivo prejudica, porque vai envelhecer a função pública ao longo do tempo e não a qualifica. Agora, só fazendo esta auditoria é que poderemos saber onde é que há desperdícios. Só assim é possível saber que carros, que funcionários, que despesas, como funciona cada uma das repartições.

Portugal tem menos peso de emprego público do que a média dos países da União Europeia e da OCDE. Por outro lado, qualquer país mais pobre, como é o caso de Portugal, tem de ter o Estado a cumprir um conjunto de funções que países mais desenvolvidos não têm.

P. - Essa perspectiva do papel do Estado na manutenção do emprego público faz lembrar a função social das câmaras municipais em algumas zonas do país, onde pura e simplesmente não há um tecido económico dinâmico. As câmaras substituem as empresas, mas os problemas não desaparecem, porque persistem estrangulamentos económicos e sociais.

R. - Depende. Não resolve estruturalmente, mas veja-se o caso de Mértola: não há emprego, mas a câmara municipal e os museus começaram a desenvolver um turismo de qualidade...

P. - Isso é muito excepcional... R. - ... é um bom exemplo de como pode funcionar bem. O maior empregador é a actividade cultural, histórica e arqueológica. As pessoas não podem ficar à espera que venha uma indústria. Há distorções? É verdade que há! O que eu digo é que o Estado tem de criar emprego útil e não pode manter emprego desnecessário, mas há sectores públicos onde há falta de emprego, como na Saúde, onde faltam enfermeiros, médicos, etc.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda – quinta, 17 Fevereiro

10h00 – Barcelos – Pedro Soares e José Maria Cardoso contactam com a população.
12h00 – Barcelos – Pedro Soares e José Maria Cardoso contactam com os trabalhadores da Tor e Sonix.
14h00 – Esposende – Pedro Soares e José Maria Cardoso contactam com os trabalhadores da Fábrica Quintas.
14h00 – Braga – Custódio Braga e os candidatos do concelho contactam com os trabalhadores das Finanças.
15h00 – Barcelos – Pedro Soares e José Maria Cardoso visitam o Museu da Olaria para discussão da crise do artesanato e indústria cerâmica.
18h00 – Famalicão – Pedro Soares participa em debate com os restantes cabeças de lista na Rádio Digital.

Manifesto para os círculos da emigração

O Bloco divulgou o seu manifesto para os círculos da emigração. O documento propõe um "Plano de emergência social" para a Emigração, cujas prioridades são o diagnóstico e o combate às injustiças que os emigrantes continuam a sofrer no trabalho e na sua vida quotidiana.
O plano propõe uma diplomacia activa, junto aos países de acolhimento, de defesa da legalização e dos direitos dos nossos emigrantes; a melhoria das condições dos reformados e uma política que tenha em conta o envelhecimento da população emigrante; o fim da dupla pena, cá dentro e lá fora; o direito ao regresso ao país, enquanto escolha. Descarrega aqui o manifesto em formato pdf.

Auditório do PEB enche para receber Louçã

A prova de que o Bloco de Esquerda está a crescer, foi dada de forma evidente na passada segunfa-feira em Braga perante um Auditório do Parque de Exposições de Braga cheio para receber Francisço Louçã.


Auditório do PEB cheio


Candidatos do Distrito de Braga ------------- Francisco Louçã

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda - terça, 15 Fevereiro

13h30 – Guimarães – Pedro Soares, Adelino Mota e Manuel Cunha contactam com os trabalhadores da Têxtil Manuel Gonçalves.
15h30 – Famalicão - Pedro Soares, Adelino Mota e Manuel Cunha contactam com os trabalhadores da Mabor.

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Segunda, 14 de Fevereiro, 21h30 Auditório do Parque de Exposições de Braga

Comício com FRANCISCO LOUÇÃ, Ana Drago e Pedro Soares.
Música com PEDRO ABRUNHOSA.
Convida a família e os amigos - há lugar para tod@s.
NÃO FALTES!

Comício do Bloco em Braga

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda - domingo, 13 Fevereiro

15h00 – Braga, Av. Central - Pedro Soares e os candidatos do concelho contactam com a população.
15h00 – Barcelos, Lg Porta Nova – José Maria Cardoso e os candidatos do concelho contactam com a população.

Já saiu o Esquerda nº 2



O Esquerda, jornal do BE, já está à venda nas bancas do Bloco. Neste número, podes ler um resumo das principais propostas programáticas do BE, a lista de cabeças de lista em todo o país e as datas dos tempos de antena e dos principais eventos. No Global, muitos artigos de interesse, com destaque para a nova directiva europeia que pode elevar a jornada máxima de trabalho europeia para as 65 horas semanais. Podes descarregar aqui o jornal em formato pdf.

Horário dos tempos de antena

12 de Fevereiro: 19.00h na SIC e RTP1 19.18h na TVI
13 de Fevereiro: 19.00h na SIC; 19.03h na TVI; 19.24h na RTP1
14 de Fevereiro: 19.03h e 19.06h na SIC; 19.12h na RTP1
15 de Fevereiro: 19.03h na TVI
16 de Fevereiro: 19.03h na RTP1; 19.12h na TVI
17 de Fevereiro: 19.06h na SIC
18 de Fevereiro: 19.01h na TVI; 19.06h na RTP1 e 19.07 na SIC

Entrevista a Adelino Mota

Entrevista ao Opinião Pública


“Há um crescimento generalizado do Bloco”

Aos 50 anos, Adelino Mota é candidato a deputado na Assembleia da República. Concorre na lista do Bloco de Esquerda (BE) pelo círculo eleitoral de Braga, na qual ocupa o quinto lugar. Residente em Riba d’Ave, é motorista de profissão, mas encontra-se actualmente desempregado.


OPINIÃO PÚBLICA: O objectivo do BE é a aumentar a votação no distrito. Qual é a vossa meta?
Adelino Mota: Temos dois objectivos. O primeiro é dar continuidade à luta que temos vindo a desenvolver com a população para derrubar este Governo e pô-lo em minoria na Assembleia. O outro é crescermos em número de deputados e de eleitores. Temos como aposta a eleição do cabeça de lista [Pedro Soares] e penso que isso não colide com a possibilidade da CDU eleger o seu. Há um descontentamento muito grande em relação às políticas do Governo PSD/PP e, por isso, há condições para um crescimento significativo da esquerda. É também um nosso objectivo ficarmos à frente do PP e tirar-lhes o deputado.

Há a possibilidade do BE formar governo com o PS, caso este não consiga maioria absoluta?
Não está nos nossos horizontes uma aliança com o PS. Agora, o PS não é o nosso inimigo principal nesta batalha. Tudo depende da sua disponibilidade para contribuir para uma política de esquerda; se estiver disponível, em fases concretas poderá contar com o apoio do BE na Assembleia; se não estiver, nunca nos terá do lado deles.

Nas sondagens, o Bloco de Esquerda começou a aparecer como terceira força política. Isso, de alguma forma, surpreendeu-vos?
Não. As sondagens têm um valor relativo. Sentimos é junto das pessoas que, de facto, há uma sensibilidade às nossas propostas. Na pré-campanha fizemos uma grande sessão em Famalicão, foi a primeira vez que o Bloco, de uma forma aberta, apareceu à população e esta correspondeu, o auditório da Biblioteca Municipal esteve praticamente cheio. Sente-se, de facto, um engrandecimento do Bloco que também se nota no nosso concelho, onde estamos a crescer do ponto de vista organizacional, eleitoral e de militantes. Há um crescimento generalizado.

Todos os partidos têm manifestado preocupação com o desemprego no distrito. Que medidas é que o BE propõe para a resolução deste problema?
Temos um plano que consideramos de emergência para o sector têxtil – pois é o que tem mais incidência nesta região – no sentido de acabar com o desemprego e que assente numa política de formação profissional, de reconversão do sector e também de salvaguarda dos produtos têxteis contra a invasão chinesa e dos países da Ásia. É uma proposta que defende o apoio do Governo e da Comunidade Europeia às empresas viáveis, com propostas concretas de salvaguarda dos postos de trabalho; e tem que haver fiscalização no sentido de ver se esse apoio está a ser correctamente aplicado. Aliás, consideramos que é até possível criar emprego na fiscalização no campo alimentar e na área ambiental e para evitar, por exemplo, a fuga ao fisco. São medidas concretas, objectivas, das quais apresentamos até os custos.

O BE defende que é preciso uma viragem no distrito. Que novas políticas propõem para que essa viragem se efectue?
Transportamos para o distrito aquilo que são as nossas preocupações a nível nacional. É fundamental para o desenvolvimento económico a revogação do Código do Trabalho. É necessário no distrito acabar com os Hospitais SA; defendemos uma política de Saúde da qual o Estado seja o suporte. Lutamos por uma descentralização real, a Grande Área Metropolitana não contribuiu nem vai contribuir para o desenvolvimento da região.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, sábado - 12 Fevereiro
15h00 – Braga – Pedro Soares e os candidatos do concelho contactam com eleitores junto às grandes superfícies comerciais.
15h00 – Guimarães – José Fonseca e António Cruz Mendes contactam com eleitores junto às grandes superfícies comerciais.
15h00 - Famalicão – Adelino Mota e Manuel Cunha contactam com a população em Riba d'Ave e Joane.
21h30 - Fafe - Pedro Soares participa em sessão pública na Escola EB1 de Vezinho.
22h00 – Guimarães - José Fonseca e António Cruz Mendes contactam com eleitores jovens no Centro Histórico.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, sexta - 11 Fevereiro

11h30 - Barcelos, Café Garden – Pedro Soares e José Maria Cardoso divulgam em Conferência de Imprensa o Manifesto distrital do BE, bem como a posição do Bloco de Esquerda sobre a Conferência da Juventude promovida pela Câmara Municipal de Barcelos.
14h30 - Famalicão – Pedro Soares, Adelino Mota e Manuel Cunha contactam com os trabalhadores das empresas têxteis Filobranca, Lima & Cª e Mabera e da empresa de calçado ACO.
18h00 - Barcelos – José Maria Cardoso participa em debate na Rádio Cávado com os primeiros candidatos do concelho de Barcelos.
21h30 - Famalicão, Riopele - Adelino Mota e Manuel Cunha contactam com os trabalhadores da Riopele.
22h00 – Barcelos – José Maria Cardoso, Lisete Santos e Andreia Ruivo contactam com os eleitores jovens.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Urgente intervenção da Comissão Nacional de Eleições

Nota à Comunicação Social

A candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Braga solicitou a urgente intervenção da Comissão Nacional de Eleições face à anunciada intenção de dois orgãos de comunicação social, Correio do Minho e Antena Minho, de promoverem um debate eleitoral reservado aos cabeças de lista do PS e PSD.
A Comissão Coordenadora do Bloco de Esquerda de Braga entende que a Lei Eleitoral não está a ser observada pelos referidos órgãos da comunicação social no que se refere ao debate e, em particular, pelo Correio do Minho, que está a permitir que as suas páginas estejam a ser utilizadas para publicidade comercial, com anúncios de página
inteira e a cores, colocando em causa de forma grosseira os princípios democráticos e o equilíbrio de oportunidades entre as várias forças concorrentes.
Com efeito, a insistente publicação destes anúncios, com grande destaque para as fotos dos primeiros candidatos do PS e do PSD, encimados pela frase "Cada cabeça sua sentença.", configura uma violação evidente e grosseira do art.º 72º (Publicidade Comercial) da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, pelo facto de se tratar
de clara propaganda política indirecta feita através de meios de publicidade comercial, absolutamente proibida em período eleitoral. A publicidade do Correio do Minho parece querer sugerir aos seus leitores, e aos eleitores em geral, que só há dois "cabeças" de lista que disputam eleições em Braga, o que é absolutamente falso, eliminando todos os restantes partidos da possibilidade de emitirem "sentença".

Esta bipartidarização das eleições, forçada pelos promotores do debate, é absurda, viola os mais elementares princípios consignados na Lei Eleitoral, e assume contornos de extrema gravidade pelo facto de implicar vários órgãos de comunicação social e avultados meios de publicidade comercial.
O Bloco de Esquerda lamenta profundamente que António José Seguro e Luís Filipe Menezes sejam coniventes com a violação da Lei, nomeadamente no que respeita à utilização das suas imagens em publicidade comercial evidentemente ilegal. Por outro lado, não podemos deixar de manifestar total repúdio perante a aceitação por parte dessas candidaturas em participar em debates exclusivos, como se fossem os únicos com propostas a apresentar aos bracarenses. Como a pré-campanha mostrou e a campanha reforçará, o Bloco de Esquerda tem, com seriedade e determinação partilhado com os cidadãos alternativas e prioridades para uma viragem no distrito. Por isso apelamos à comunicação social para que cumpra escrupulosamente a Lei, divulgando
aos eleitores as propostas e actividades de campanha de todas as forças políticas, para que estes possam, em consciência e não por força do marketing, escolher quem os representará na Assembleia da República.


BE Braga

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, quinta - 10 Fevereiro

10h00 - Vizela - Pedro Soares e José Manuel Faria contactam com a população.
11h00 - Vizela - Pedro Soares dá entrevista em directo à Rádio Vizela.
12h00 - Vizela - Pedro Soares e José Manuel Faria contactam com os trabalhadores das fábricas
têxteis Vizela e Eureka.
16h00 - Braga - Os jovens do BE contactam com os formandos do Centro de Formação Profissional de Mazagão.
18h45 - Braga - Os jovens do BE contactam com os alunos do ensino nocturno da Escola Secundária Alberto Sampaio
21h30 - Barcelos, Hotel Bagoeira - Pedro Soares participa, com os demais cabeças de lista, em debate promovido pela Associação Comercial e Industrial de Barcelos.
22h00 - Braga - Festa dos jovens do BE no Gordon's Bar, na Rua de Sto André.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, quarta - 09 Fevereiro

09h30 - Fafe, Feira - Pedro Soares, José Maria Cardoso e Custódio Braga contactam com a população.
11h30 - Cabeceiras de Basto - Pedro Soares encontra-se com a Directora do Centro de Saúde e visita depois o Hospital.
11h30 - Cabeceiras de Basto - Pedro Soares dá entrevista à Rádio Voz de Basto.
16h30 - Braga, Sede do BE - Pedro Soares apresenta à comunicação social o Manifesto Eleitoral do Bloco de Esquerda para o distrito de Braga.
21h30 - Braga, Sede do BE - Reunião da Coordenação de Campanha e candidatos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, terça - 08 Fevereiro

Os jovens do Bloco promovem em Braga uma acção de animação de rua, com performance teatral, música e divulgação dos materiais de campanha especialmente destinados aos eleitores mais novos.

15h00 - Braga, Av Central - Animação de rua

domingo, 6 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, segunda - 07 Fevereiro

Os candidatos do BE por Braga dedicam o dia a contactos com a população dos concelhos rurais, apresentando as propostas do BE sobre Descentralização, Ambiente e Agricultura.

09h00 – Vieira do Minho, Feira - José Maria Cardoso e João Oliveira contactam com a população.

10h30 – Cabeceiras de Basto, Feira - José Maria Cardoso, João Oliveira e Manuel António Silva contactam com a população.

sábado, 5 de fevereiro de 2005

Manuel Cunha garante que Bloco de Esquerda "Irá levar problemas da região ao Parlamento"



O número três da lista do Bloco de Esquerda é natural de Joane. Chama-se Manuel da Cunha e em entrevista ao Entre Vilas garante que o seu partido pretende contribuir "para uma viragem política no País" e defende um programa de emergência para a criação de mais emprego.

Como classifica a actual situação política, financeira e social do país?

É dramática. Há de facto uma profunda crise social e económica, muito consequência da governação de direita nos últimos anos.

Considera que o seu partido é a melhor alternativa para melhorar essa situação?

Queremos contribuir para uma viragem política no País. O BE é de facto uma alternativa de esquerda, uma esquerda de confiança. Não somos como outros ditos de esquerda na oposição e depois compradores de "queijeiros li mia nos", para aprovar orçamentos de estado, quando estão no poder. Vejamos o PS já a dizer que o código laboral não é para revogar. Onde está a coerência?

O que é que o BE pode fazer pela região do Vale do Ave?

Defendemos como prioritário um programa de emergência para criar emprego, aumentar o investimento público, mais formação e qua-
lificação dos trabalhadores, mais apoio social às famílias de desempregados.

Quais são as estratégias definidas pelo BE para diminuir o desemprego, uma dos principais problemas da região e que atingiu valores nunca antes registados?

Como disse antes a formação profissional é fundamental, mas também é preciso criar mais emprego público na área da saúde, acção social e área ambiental. Também é preciso apoiar a criação de emprego privado, apoiar de várias formas a criação de riqueza e os seus promotores sérios. Combater os que apenas procuram o lucro imediato, com concorrência desleal e combater as falências fraudulentas. È preciso que a produção tenha menos custos, entendemos que o Estado pode e deve controlar o sector energético, promover novas formas de produzir energia para que o fornecimento às empresas tenha menos custos.

A região do Vale do Ave regista também níveis de abandono escolar elevados. O programa da BE prevê algumas medidas para inverter esta situação?

Sim. A criação de um ensino profissionalizante, com a possibilidade de ser ministrado nas empresas, a criação de mais ensino especial. Aumento da rede pré escola, e como dizemos antes com o apoio ás famílias de desempregados.

O que é que a população tem a ganhar com a eleição de um deputado da região?

Irá levar ao parlamento problemas concretos da região. Reforçar o grupo parlamentar do BE na promoção de políticas de esquerda.

Que tipo de acções de campanha serão desenvolvidas na região?

Não entraremos em show off. Vamos procurar promover o debate, faremos propostas concretas, como por exemplo: um plano de emergência
para o têxtil, tentaremos estar juntos dos cidadãos, ouvir as suas preocupações e os seus anseios. Teremos o ponto alto da campanha no dia 14 de Fevereiro, com um comício/ festa em Braga, com a presença do Francisco Louça e Pedro Soares e que será animado por Pedro Abrunhosa.

in Entre Vilas (02-02-05)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Louçã destaca a capacidade de inovação da Riopele



0 candidato do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, afirma que o problema do têxtil esbarra na falta de capacidade e inteligência dos empresários. Louça falava durante uma acção de campanha à porta da Riopele, empresa que apontou como exemplo na capacidade de inovar, apesar da redução do número de trabalhadores.
O problema do têxtil é o problema da classe empresarial". A observação é feita por Francisco Louçã, candidato do Bloco de Esquerda, na semana passada numa acção de campanha à entrada da Riopele, adiantando que a crise que o sector atravessa encontra alguma explicação na «falta de capacidade de gestão, de inteligência e de inovação da entidade patronal», aliada a uma ausência de política de fiscalização do Estado que não permita que determinadas empresas «que receberam incentivos, apoios ou benefícios fiscais, fechem as portas» e deixem os «trabalhadores privados dos seus direitos».
«É por isso que no têxtil há tantas falências fraudulentas de empresas que vão para outras localidades, com as máquinas a desaparecer durante a noite, para abrir uma nova empresa com o mesmo proprietário, deixando as dívidas para uma casa vazia que ficou para trás, o que é inaceitável», declarou Louçã, aos jornalistas, depois de contactar com os trabalhadores da empresa de Pousada de Saramagos.
Ressalvando que esse não era o caso da Riopele, até porque momentos antes fora confrontado com comentários abonatórios de alguns operários têxteis, Francisco Louçã lembrou, contudo, que aquela unidade tem vindo a reduzir de forma substancial o número de trabalhadores que já rondou os 5 mil e hoje não atinge sequer os 2 mil.
«Já aqui trabalho há 25 anos e não tenho nada a apontar à empresa», sustentou um dos operários com que a comitiva do BE - composta pelo cabeça de lista por Braga, Pedro Soares, e pelos candidatos famalicenses, Manuel Cunha, Adelino Mota e Manuela Monteiro - manteve um aceso diálogo.
Este trabalhador concorda com a política de dispensa dos funcionários mais antigos de modo a «dar lugar aos mais novos que andam à procura de emprego, permitindo que os mais velhos possam aproveitar os últimos anos para gozar um bocadinho da vida». Notando uma redução de encomendas, o funcionário diz que não é credível que a Riopele venha a encerrar as suas portas, muito menos acredita na deslocalização da sua linha de produção para a China como chegou a ser aventado.
Francisco Louçã partilha dessa opinião, salientando que uma empresa daquela envergadura não subsiste sem mão-de-obra qualificada. «Também não acredito que haja uma deslocalização da Riopele» referiu, apontando aquela unidade como um exemplo no contexto do sector têxtil e do vestuário pela sua capacidade em inovar. «Embora tenha dispensado muitas pessoas, é uma empresa aposta no emprego qualificado e continua a ter muitos postos de trabalho e a garantir o pagamento dos salários».
Aliás, o líder do Bloco de Esquerda defende o estabelecimento de regras em relação às deslocalizações através da implementação de mecanismos sancionatórios para os casos em que não se verifiquem razões ou motivos fortes para essa deslocalização. «Nesses casos deveria ser obrigatória a devolução dos subsídios e apoios públicos e municipais que foram concedidos. Uma empresa que está em Portugal tem uma dívida para com os trabalhadores, porque os seus resultos é o resultado das pessoas que lá trabalham e, portanto isso implica contratualizar a criação de emprego».
Louçã frisa que é pela qualificação que se cria postos de trabalho e «não pela desqualificação como muitas vezes os patrões do Vale do Ave vieram a entender ao longo dos anos e que foi o princípio da crise que leva à existência de 516 mil desempregados».
«Creio que o têxtil tem todas as condições para se desenvolverem Portugal, através da criação e capacidade de inovação», afirmou o candidato bloquista, salientando que o que falta em Portugal é uma política de rigor que impeça as falências fradulentas, não compreendendo como é que uma empresa com resultados positivos acaba por fechar as portas. «As falências fraudulentas é uma questão de crime e o crime trata-se na lei, verificando as contas bancárias dos administradores para se ter a certeza que essas falências ocorram nos termos legais e nunca quando uma empresa tinha resultados positivos ou quando alguém desvia encomendas para uma outra empresa subsidiária. Todas as formas de fraude são bem conhecidas e devem ser combatidas desse ponto de vista».
Salientando que o Vale do Ave «está muito mal», o candidato do BE defendeu o reforço do seu grupo parlamentar de modo a ter no Parlamento uma esquerda «determinada, capaz de responder ao problemas do trabalho deste distrito». Em declarações ao Entre Vilas, Louçã mostrou-se convicto na grande subida do BE nestas eleições, como atestam os últimos estudos de opinião, e manifestou alguma esperança na eleição de um representante pelo distrito de Braga.

In Entre Vilas (02-02-05)

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda, sábado 05 Fevereiro

Pedro Soares e os candidatos do BE por Braga dedicam o sábado a contactos com a população dos concelhos rurais, apresentando as propostas do BE sobre Descentralização, Ambiente e Agricultura.

A caravana bloquista seguirá o seguinte itinerário:

10h00 – Celorico de Basto

11h30 – Arco de Baúlhe

14h30 – Vila do Gerês

16h00 – Amares, Feira Nova

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda - Quinta, 03 de Fevereiro

10h00 – Barcelos, Campo da Feira – Pedro Soares e José Maria Cardoso contactam com a população.
11h30 – Barcelos, Sede da ACIB – Pedro Soares e José Maria Cardoso reunem com a direcção da ACIB – Associação Comercial e Industrial de Barcelos.
13h15 - Barcelos – Pedro Soares e José Maria Cardoso contactam com os trabalhadores da Sonix.
14h00 – Barcelos - Pedro Soares e José Maria Cardoso contactam com os trabalhadores da Fábrica de Fiação e Tecidos de Barcelos.
16h30 – Famalicão - Pedro Soares dá entrevista à Rádio Cidade Hoje.
18h00 – Famalicão – Pedro Soares dá entrevista ao Jornal Povo Famalicense.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Agenda Politica da Candidatura à Assembleia da República

Agenda - 02 Fevereiro

Nesta quarta-feira Pedro Soares apresenta as propostas do BE relativas à política cultural e de defesa do património.

16h30 - Braga, Teatro Circo - Pedro Soares e Manuela Barreto Nunes apresentam as propostas culturais do BE à comunicação Social.
18h00 - Braga - Pedro Soares e Manuela Barreto Nunes reúnem com a direcção da ASPA - Associação para o Estudo e Divulgação do Património Histórico, Cultural e Natural.