quinta-feira, 20 de março de 2008

Maré Alta de 19/03/2008

A efeméride da vergonha

Completam-se agora cinco anos sobre a cimeira da guerra nas Lages e a consequente invasão do Iraque pelas tropas americanas e suas aliadas. Este acontecimento viria a dar origem à mais ignóbil guerra de que há registo. À revelia que todos os tratados, acordos e convenções, um país foi bombardeado, invadido e saqueado tendo por base meros indícios da remota possibilidade de existirem armas de destruição massiva capazes de fazerem frente às usadas pelos Estados Unidos. Veio a provar-se que afinal nunca existiram essas tão apregoadas armas, mas ficou também provado, o que é ainda mais grave, que as supostas provas apresentadas foram todas forjadas. No total foram quase mil as mentiras da administração Bush sobre a guerra no Iraque.

Alguns argumentarão que esta guerra se justificaria por ter deposto um regime sanguinário que durante muitos anos oprimiu todos aqueles que de alguma maneira se desalinhassem do regime. Então a administração americana que levou para a morte milhares dos seus cidadãos e matou milhares de iraquianos e afegãos inocentes não é igualmente sanguinária? Não se conhecem regimes onde os direitos humanos são sistematicamente violados, como a China por exemplo?

Mas não se pense que foram só os iraquianos inocente a sofrer as consequências da invasão do Iraque, todos acabamos por ser vítimas do clima de instabilidade cuja face mais visível é o brutal aumento do preço do petróleo e consequentemente ao aumento de todos os bens e serviços.

Mas aquilo que mais me revolta é que os verdadeiros responsáveis por esta guerra sangrenta continuam confortavelmente sentados nas cadeiras do poder ou passeando-se como que protegidos por uma preocupante impunidade. Com que legitimidade se poderá condenar os regimes onde se cometem atrocidades se os que deveriam ser o exemplo ficam impunes? Onde estão as entidades que supostamente deveriam ser o garante dos direitos dos povos?

São muitas perguntas que a grande maioria das pessoas se vai esquecendo de colocar, com a mesma velocidade com que a comunicação social vai deixando de divulgar a angustiante estatística dos mortos no caos em que o Iraque invadido se tornou.

Mas como se a guerra por si só não fosse suficiente, os americanos ainda ousaram cometer as suas atrocidades nas cadeias que criaram para torturar e humilhar todos aqueles entenderam, sem direito a advogados ou qualquer outro tipo de defesa. O caso mais flagrante é Guantanamo, de onde apenas se sabe que muitos prisioneiros são torturados sem se conhecer qualquer acusação ou sequer em que condições sobrevivem.

Revoltante é a comunidade internacional calar-se perante tudo isto, certamente temendo a força das armas contra si. Fecham os olhos aos voos que a CIA fez por quase todo o mundo, numa arrepiante subserviência a que ninguém pode ficar indiferente.

Incomoda-nos esta sensação de incapacidade perante tão poderosos interesses, mas deve fazer-nos ser mais exigente com quem nos governa, no país e nas autarquias, para que os abusos não fiquem esquecidos ou impunes.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Boletim Rede Local nº3

Já está disponível a terceira edição do Boletim Rede Local, a publicação do Bloco para os temas autárquicos e de desenvolvimento regional.
Os cuidados de saúde das populações, a regionalização, as leis eleitorais propostas para as autarquias ou o combate à precariedade dos trabalhadores das autarquias são alguns dos temas em destaque neste edição.


Leia aqui o Rede Local #3.

terça-feira, 11 de março de 2008

Contradições III

A demagogia do executivo camarário continua. Já tínhamos feito referência aqui às contradições que a Câmara continua a manifestar, em relação às acessibilidades.
É já um descaramento que sejam utilizadas empresas privadas para a Câmara fazer propaganda como sendo iniciativas suas. Desta vez foi a apresentação de um taxi preparado para pessoas com mobilidade reduzida que foi feito com pompa e circunstância para a comunicação social.

Mais uma vez aqui lembramos que enquanto esta Câmara usa os privados para dizer que se preocupa com as pessoas com mobilidade reduzida, continua a impedir que essas mesmas pessoas possam ter acesso aos serviços camarários por não cumprirem a legislação em vigor nesta área. O próprio edifício da Câmara onde foi feita a propaganda, por exemplo, não tem acesso para estas pessoas.

Contradições.

domingo, 9 de março de 2008

Eleita nova Coordenadora Concelhia

O Bloco de Esquerda de V. N. de Famalicão reuniu em Plenário no passado sábado, dia 08 e elegeu a nova Comissão Coordenadora Concelhia e que terá pela frente um intenso trabalho onde se incluem 3 actos eleitorais, a representação na Assembleia Municipal e as iniciativas do BE a nível nacional.

A nova Coordenadora é composta pelos seguintes elementos:

Adelino Martins Mota
Ana Rute Marcelino
António José Fernandes
Carlos Manuel Lopes Pereira
Cátia Sofia Costa e Silva
Hélder Manuel Carvalho Pereira
Luís Filipe Moreira Araújo “Serguilha”
Joana Machado Correia Oliveira
José Luís Araújo
Maria João Duarte Sequeira
Ricardo Jorge Simões Abreu


Principais objectivos e orientações da Coordenadora Concelhia:

Hoje, o Bloco de Esquerda é uma força politica reconhecida na sociedade famalicense, respeitada quer pelas posições que defende em V. N. de Famalicão, quer na acção política nacional. Por isso, a liderança do Bloco de Esquerda no nosso concelho reveste-se de uma importância especial, exigindo-se um incremento na quantidade do seu trabalho, por forma de corresponder às expectativas dos militantes e simpatizantes.

A reestruturação e organização interna do Bloco de Esquerda, nomeadamente na criação e dinamização de núcleos de freguesia, como forma de estabelecer uma maior proximidade e ligação com os militantes de base e simpatizantes. A acção dos núcleos de freguesia representa uma especial importância na apresentação de um contributo válido para o desenvolvimento e resolução dos problemas das respectivas freguesias.

A representatividade do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal exige da nova Coordenadora Concelhia um apoio constante e determinado no acompanhamento da actualidade do concelho, bem como no estudo e apresentação de propostas que sejam capazes de contribuir para a resolução dos vários problemas do concelho e que esta maioria se mostra incapaz de resolver.

Este mandato terá pela frente três actos eleitorais, que pelo facto de ocorrerem todos em 2009, acarretam uma responsabilidade e um empenho redobrados para se atingirem os objectivos estabelecidos. Cada um destes actos eleitorais reveste-se de uma importância singular. O reforço da representatividade do BE no Parlamento Europeu é um objectivo nacional, mas ao contributo do concelho de V. N. de Famalicão não será descorado.
Nas legislativas, o BE de V. N. de Famalicão terá uma forte dinâmica com vista a que o distrito de Braga consiga ficar representado na Assembleia da República. Em termos eleitorais, o principal objectivo será as Eleições Autárquicas. A preparação de listas para concorrer nas principais freguesias do concelho contará com o empenho e determinação de toda a Coordenadora Concelhia, promovendo a participação do máximo de aderentes e simpatizantes para a composição das listas.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Moção apresentada pelo BE aprovada na Assembleia Municipal

Na última reunião da Assembleia Municipal, foi aprovada uma moção apresentada pelo Bloco de Esquerda em defesa do Serviço Nacional de Saúde.
O principal objectivo desta moção é "reclamar junto da Assembleia da República para que debata "as decisões políticas necessárias ao reforço da responsabilidade do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de cuidados de saúde, através do SNS geral, universal e gratuito".

De referir ainda que os deputados do PS votaram contra esta moção.

Câmara continua a não responder a perguntas do BE

Como já antes aconteceu, a Câmara Municipal não respondeu à pergunta do Bloco de Esquerda, na última Assembleia Municipal, sobre um prédio que está a ser construído na rua S. João de Deus e que chegou até ao 7º andar sem ter licença de construção. É importante saber qual a razão deste silêncio.
Ao mesmo tempo, e respondendo a uma outra pergunta do deputado do Bloco de Esquerda, Adelino Mota, de como pensa a Câmara recorrer aos privados para construir a Cidade Desportiva, como foi referido pelo presidente aquando da inauguração do pavilhão de Vermoim, o vice-presidente reiterou essa mesma intenção da Câmara para construir a Cidade Desportiva, será que se vai vender os terrenos da actual zona desportiva? Tudo indica que sim.
Irão os famalicenses aceitar que isso aconteça?