segunda-feira, 28 de março de 2005

Depois da greve, a notícia da morte anunciada...

Depois dos trabalhadores terem estado em greve desde o passado dia 14 de Março,


“Sampaio Ferreira” encerra portas


A centenária empresa têxtil “Sampaio Ferreira”, de Riba d’Ave, no concelho de Famalicão, vai encerrar as portas e colocar no desemprego cerca de 200 trabalhadores.

A intenção de iniciar o processo de insolvência da empresa foi comunicada, esta semana, pela administração aos trabalhadores, que se encontram em greve, reivindicando o pagamento da totalidade do salário do mês de Dezembro (a parte dos trabalhadores) e o subsídio de Natal, os salários de Janeiro e Fevereiro, a todos os funcionários.

Os trabalhadores não ficaram satisfeitos com a notícia e decidiram manter a greve que iniciaram no passado dia 14. Os pormenores da decisão de encerrar a empresa deverão ser comunicados pela administração aos trabalhadores na próxima quarta-feira.

Segundo Joaquim Simões, do Sindicato Têxtil do Minho, a administração vai afixar uma informação na próxima semana, comunicando qual a decisão final que tomou.

O sindicalista não esconde que «há muito que os trabalhadores esperavam por um desfecho destes». Joaquim Simões indica ainda que «já há 40 anos que se dizia que a Sampaio Ferreira iria fechar mais dia, menos dia».

Na opinião de Joaquim Simões, aquela empresa está ferida de morte há muito tempo «porque a evolução tecnológica nunca foi uma prioridade das diversas administrações» que a Sampaio Ferreira conheceu.

«Quando ainda existiam lucros, esses eram inteiramente divididos e nunca houve a preocupação de modernizar verdadeiramente a empresa», salientou o sindicalista, acrescentando que «as máquinas que entravam de novo na Sampaio Ferreira eram já usadas».

Agora, Joaquim Simões garante apenas que «os trabalhadores vão continuar a reivindicar os seus direitos e aguardar pelo desfecho de toda a situação».

Segundo é narrado na Rota do Património Industrial do Vale do Ave – da qual a empresa ribadavense faz parte –, a Sampaio Ferreira foi fundada em 1896 pelo tecelão Narciso Ferreira, com a designação inicial de Fábrica de Fiação, Tecidos e Tinturaria de Riba d’Ave.

Aquela foi a primeira fábrica têxtil moderna do concelho de Famalicão e iniciou a sua actividade com 200 teares e uma estrutura vertical que incluía fiação, tecelagem e tinturaria.

Por seu turno, Narciso Ferreira assume uma estratégia empresarial com base na diversidade do investimento. É sócio fundador da Sampaio Ferreira e de várias outras unidades fabris na área dos têxteis; investe em experiências pioneiras na produção de energia eléctrica e aposta na transformação urbanística da aldeia onde implantou a sua primeira fábrica.

A acção daquele homem, continuada pelos seus filhos, resulta num verdadeiro império industrial com centro em Riba d’Ave e que se estende de Caniços, com a fábrica Têxtil Eléctrica e a Central Térmica, ao aproveitamento hidroeléctrico do Ermal.

Narciso Ferreira implantou a fábrica junto do rio e os primeiros equipamentos urbanos (bairros operários; hospital; escola primária e posto da guarda), no ponto mais alto do lugar e perto do núcleo da primitiva aldeia. Todo este conjunto – fábrica, equipamentos e bairros – é estruturado pela EN 310 que liga Caniços à Póvoa do Lanhoso.

Ora, é nesta estrada, ao longo do muro da fábrica, que mais tarde Raul Ferreira implanta o novo centro urbano de Riba d’Ave, transformando a estrada em alameda e construindo todos os equipamentos representativos de uma centralidade: o mercado; o teatro (Salão Recreativo dos Operários das Fábricas de Riba d’Ave); a estalagem; o quartel de bombeiros e a estação de correios.

Esta estratégia de localização reforçou o poder simbólico da fábrica, que está localizada em pleno centro urbano da vila de Riba d’Ave.

In Diário do Minho (26-03-05)

domingo, 27 de março de 2005

"Ecos da imprensa"

Foram colocados novos artigos e entrevistas na secção "Ecos da Imprensa", apesar de alguns deles terem algumas semanas. Fica no entanto a nota da sua disponibilidade para todos interessados.

quarta-feira, 23 de março de 2005

Reunião com aderentes e simpatizantes

No dia 9 Abril realizar-se-á em Famalicão na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, uma reunião com aderentes e simpatizantes do Bloco de Esquerda pelas 14h30m. O objectivo da reunião é preparar as autárquicas, eleger a coordenadora concelhia, e discutir a Convenção Nacional.

Comparece! Leva um@ amig@!

Conferência distrital

O Bloco de Esquerda de Braga realizará a sua Conferência Distrital no dia 30 de Abril emVizela. Nesta Conferência serão eleitos os delegados à Convenção Nacional a realizar em Maio, bem como a nova Comissão Distrital.

Convenção Nacional do Bloco

Nos próximos dias 7 e 8 de Maio, o Bloco de Esquerda terá em Lisboa a sua Convenção Nacional, pelo que todos os aderentes devem desde já participar na discussão.

Concelhia de Famalicão dá conferência de imprensa

Oposição e maioria na Câmara criticados pelo BE/Famalicão

A concelhia de Famalicão do Bloco de Esquerda (BE) faz um balanço «extremamente negativo» dos mandatos autárquicos quer da maioria PSD/PP que governa Famalicão, assim como o desempenho da oposição do MAF, PS e CDU.

Lêr artigo completo in Diário do Minho


BLOCO ESQUERDA Chuva de críticas à actividade camarária

“Este executivo mostra incapacidade de inovar”

O Bloco de Esquerda (BE) de Famalicão faz um balanço muito negativo da actividade camarária. A sete meses das eleições autárquicas, o BE diz que o grande projecto anunciado pela coligação PSD/PP está por concretizar.

Em conferência de imprensa, realizada segunda-feira, os bloquistas acusaram o actual executivo de ser “uma imitação do anterior, mostrando incapacidade de inovar”. As principais críticas vão para as políticas ambientais, culturais e de integração social, considerando o BE que “continua a existir, com esta maioria, falta de respeito pelas normas basilares do ordenamento do território, provocando atentados intoleráveis contra os direitos elementares do cidadão”.
Para o Bloco, “o espaço periférico da cidade está inserido num aglomerado confuso e descaracterizado”, enquanto a cidade “está fantasmagórica e sorumbática”. E aqui, Luís Serguliha, dirigente do BE, deu alguns “exemplos” da “falta de concretização do grande projecto” de Armindo Costa. “Quando falou da criação do corredor verde ao longo da cidade, constituído pelos parque da Ribeira, Sinçãs, Devesa e do Longo, eu pergunto: onde é que ele está? Onde é que está a valorização e despoluição do rio Pelhe e das suas margens em toda a sua extensão?”
Seguilha pergunta ainda pelo prolongamento da variante nascente até Outiz e pelo prolongamento da via-intermunicipal até Braga, assim como pelos planos de urbanização das vilas de Riba d’Ave, Joane e Ribeirão.
Nas freguesias, o BE diz que a Câmara “galvaniza-se de implementar a cobertura total dos sistemas públicos de abastecimento de água e saneamento”, mas “as entrevistas dos presidentes de Junta dizem que essa cobertura está longe da realidade”. Por outro lado, Luís Serguilha pergunta onde está a construção de um centro cívico em cada freguesia.
Aproveitando a realização recente do Famafest, o BE também não deixa de tecer algumas críticas ao festival de cinema e vídeo, questionando porque é que o Cineclube de Joane não é o responsável pelo Famafest. “Durante o ano, o Cineclube faz uma programação assente na formação de públicos sobre o cinema e à volta do cinema; na altura do Famafest, estes senhores, que tanto trabalharam em prol do cinema, ficam completamente marginalizados”, diz Luís Seguilha, para quem “isso não é fazer política integrada, não é chamar as pessoas mais capazes, não é criar auto-estima nos cidadãos”.

Candidato à Câmara divulgado em Maio
No encontro com os jornalistas o BE anunciou que vai concorrer às autárquicas com o firme propósito de eleger deputados para a Assembleia Municipal. Porém, os cabeças de lista, quer à Câmara quer à Assembleia, só serão divulgados em Maio, depois da convenção nacional do partido, marcada para os dias 7 e 8 desse mês. Contudo, Adelino Mota, outro dirigente bloquista, afirma que o processo de preparação das listas “está em fase adiantada”.
Quanto às freguesias, o BE também já definiu um critério. “Vamos concorrer onde tivermos militantes com capacidade de intervenção forte, apresentando projectos credíveis, capazes de galvanizar as populações no sentido de contribuir para alterar a política nas freguesias”, explica Adelino Mota.

in Opinião Pública

terça-feira, 22 de março de 2005

Programa de Governo: Intervenção final do BE

Os resultados eleitorais falaram muito claro. A direita, que conduziu o país ao desastre do desemprego e da acentuação da exclusão dos mais pobres, foi derrotada. Mas parece que ainda ficaram dúvidas, marcadas pela amargura de quem perdeu o governo e não se conforma com a vontade popular.

Intervenção de Alda Macedo no encerramento do debate do Programa do Governo.

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BE exige retirada das forças policiais da Bombardier

O Bloco de Esquerda exige que o Ministério da Administração Interna termine imediatamente a pressão que a Policia de Intervenção está neste momento a exercer sobre os ex-trabalhadores da Bombardier que se encontram à porta da empresa, a qual permitiu que elementos subcontratados por esta multinacional tenham começado a desmantelar a capacidade de produção da fábrica.

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BLOCO APRESENTA PROJECTO DE LEI DA NACIONALIDADE

O Bloco de Esquerda apresentou no passado dia 18 um projecto de Lei sobre a Nacionalidade. Com este projecto, o Bloco pretende que adquiram automaticamente a nacionalidade portuguesa todos os filhos de imigrantes que tenham nascido em Portugal. Actualmente, o princípio que rege a lei da nacionalidade é o ius sanguini. O Bloco de Esquerda pretende ver transposto para a legislação nacional o princípio do ius soli, ou direito de solo, seguindo os mesmos critérios que regem países com uma forte tradição de imigração, como os Estados Unidos da América ou a França.

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Uma Convenção para um novo ciclo

A IV Convenção do Bloco de Esquerda terá lugar no momento em que Portugal atravessa um novo ciclo político, resultante da histórica derrota das direitas nas últimas eleições legislativas.

Por João Teixeira Lopes
Artigo publicado originalmente no Comércio do Porto aqui.

Resolução da Mesa Nacional do Bloco

A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda reuniu pela primeira vez depois das eleições que ditaram um crescimento histórico do Bloco de Esquerda e a derrota da direita. Responder, no plano organizativo e político, à confiança que os cidadãos depositaram no Bloco foi o principal ponto da reunião, a qual abriu o processo de discussão para a IV Convenção Nacional do Bloco de Esquerda.

Resolução da Mesa Nacional do BE.

Parlamento: BE apresenta primeiros projectos lei

O Bloco de Esquerda entregou hoje, na Assembleia da República, os primeiros projectos de lei da nova legislatura, propondo a alteração da legislação sobre o aborto, a revogação do código laboral e a revisão do rendimento social de inserção.

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quarta-feira, 9 de março de 2005

Bloco critica critérios da renegociação do PEC

O Bloco reafirma que a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento é uma condição para a viabilidade da recuperação. A política monetarista do PEC confundiu disciplina orçamental com política pró-recessiva, e por isso agravou a crise de 2002-4, com graves consequências no emprego e no desenvolvimento social.

Estão hoje reunidos os ministros das finanças da UE para tentar obter um acordo sobre a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento. As discussões foram até agora inconclusivas e um consenso continua difícil. Existe por isso o risco de um impasse sobre uma questão fundamental para o futuro da União.

Neste contexto, o Bloco reafirma que a revisão do Pacto é uma condição para a viabilidade da recuperação. A política monetarista do PEC confundiu disciplina orçamental com política pró-recessiva, e por isso agravou a crise de 2002-4, com graves consequências no emprego e no desenvolvimento social.

No mesmo sentido, a proposta apresentada pela presidência luxemburguesa defendendo um regime de excepção, em caso de violação do défice, para os países que tenham adoptado o plafonamento da Segurança Social, é inaceitável e revela uma tentativa de privatizar às escondidas a segurança social e os direitos sociais dos europeus. É por isso necessário substituir este PEC por um novo Pacto para o emprego e o crescimento e essa é uma responsabilidade fundamental dos governos europeus.

O Bloco continua a defender que os princípios fundamentais desse novo Pacto devem ser:

1) a disciplina orçamental: nenhum país deve poder violar as regras de transparência orçamental falsificando as suas contas - como aconteceu generalizadamente na UE nos últimos anos, a começar por Portugal, pela Grécia, pela Alemanha, pela França - e deve ser usado o critério da evolução da dívida pública para medir essa disciplina orçamental. No entanto, a dívida pública deve ser classificada distinguindo a dívida da segurança social aos pensionistas e a dívida decorrente de outros investimentos e despesas correntes, para se poder avaliar a sustentabilidade dessas rubricas;

2) para a contabilização do défice e da evolução da dívida pública devem ser excluídos unicamente as seguintes despesas: (i) investimento em qualificação (formação profissional, acesso à sociedade de informação, investigação científica) para a criação de emprego; (ii) modernização do serviço nacional de saúde.

III Conferência de Jovens



O Bloco de Esquerda realiza entre 8 e 10 de Abril, em Coimbra (Dep. de Matemática da Universidade) a III Conferência de Jovens.
Sob o lema "Unir as lutas, construir a alternativa", vão ser discutidos temas como Ensino Superior e Secundário, Guerra e Globalização, Ecologia, Trabalho precário, entre outros.
A Conferência é aberta a tod@s que queiram ajudar a construir este projecto alternativo. Para participar, contacta uma das sedes do Bloco.
Descarrega aqui o programa completo da Conferência em formato PDF.

Programa da Conferência:
SEXTA-FEIRA, 8 ABRIL: 21h30: Sessão de Abertura seguida de momento cultural.

SÁBADO, 9 ABRIL: 10h: Três debates em simultâneo: Feminismo, Guerra/Globalização e Drogas.
12h: Almoço.
14h: Dois debates em simultâneo: Ensino Superior e Ensino secundário.
16h: Três debates em simultâneo: Antiracismo, Ecologia e Orientações Sexuais.
18h: Debate sobre a precariedade laboral nos jovens.
20h: Jantar.
22h: Festa.

DOMINGO, 10 ABRIL: 10h às 18h: Apresentação, discussão e votação de todas as propostas políticas e organizativas para a intervenção dos Jovens do BE.
18h30: Sessão de Encerramento.
Contactos:
Braga: 917859973

terça-feira, 8 de março de 2005

Já saiu o Boletim Participação nº 11


Nesta edição, artigos sobre a luta pelo emprego e direitos sociais, agora que a direita foi derrotada a 20 de Fevereiro. E ainda: a quem serve o acordo de concertação social? A luta dos sindicatos e a União Europeia. A situação laboral na Autoreuropa e na RTP.
E um destaque muito especial para a mobilização dos imigrantes pela regularização de todos, agora que foi convocada uma concentração para o dia 20 de Março.
O Participação pode ser comprado nas bancas do Bloco, na sua edição em papel, ou descarregado aqui no formato pdf.

domingo, 6 de março de 2005

Entrevista de Manuel Cunha ao Entre Vilas

Manuel Cunha fez parte da lista do Bloco de Esquerda (BE) por Braga nas últimas eleições legislativas, passados poucos dias do escrutínio eleitoral analisa os resultados obtidos pelo BE e pelas outras forças partidárias.



Que comentário lhe merece o resultado do escrutínio eleitoral do dia 20 de Fevereiro?

O resultado destas eleições foi sobretudo uma estrondosa derrota das forças de direita que governaram o país nos últimos anos. Foi o castigo merecido pelas políticas antisociais, pelo combate feito aos direitos dos trabalhadores, pela associação do país a uma guerra à revelia do direito internacional. Foi também o correr com a incompetência, com a hipocrisia do aproveitamento religioso, com o populismo das inaugurações de última hora, com o lançamento de "primeiras pedras" e muitos calhaus.

O BE ficou a 400 votos e eleger um representante para a AR. Apesar de não eleger um deputado o Bloco pode cantar vitória?

0 BE obteve um excelente resultado eleitoral no distrito, apesar de não ter sido eleito Pedro Soares que conquistou uma grande simpatia no meio. Em relação às últimas legislativas triplicamos os votos, portanto, este esforço eleitoral prova que a mensagem passou, que as nossas propostas são pertinentes. Os problemas do distrito de Braga também serão levados ao Parlamento através do grupo parlamentar do Bloco que agora está muito reforçado, fruto da confiança que os portugueses nele depositaram. Foi um grande passo para que o Bloco, que está em fase de crescimento, no futuro tenha eleitos pelo distrito de Braga.

Apesar disso, no distrito de Braga, a votação do Bloco não foi tão favorável como era de esperar. Não obstante a subida de votação, o BE continua a manter-se na quinta posição. O que falhou na estratégia do partido?

Não falhou nada na estratégia do partido. Braga é um distrito muito peculiar, muito conservador, há, sobretudo, nos concelhos do interior tradições de direita. No entanto, o Bloco obteve excelentes resultados a nível de concelhos, como por exemplo em Famalicão, onde ficou à frente da CDU. Ficamos mesmo em muitas freguesias famalicenses em terceiro lugar. Agora temos de admitir que não temos os meios, sobretudo, financeiros que têm outros partidos. A campanha do Bloco foi um trabalho de militância.

A maioria absoluta do PS e de José Sócrates era esperada ou constituiu uma surpresa?

Se para nós não era muito desejada, também não foi de todo uma surpresa. Haviam muitos sinais nesse sentido.

Isso deve-se ao mérito do PS e do seu líder ou à falta de merecimento por parte do PSD?

José Sócrates foi sempre muito evasivo durante a campanha, nunca se comprometeu muito com propostas concretas. Agora estes resultados foram muito por demérito desta direita anedótica.

Destes resultados podem-se fazer algumas leituras em termos autárquicos ou é abusivo estabelecer qualquer termo de comparação?

A única comparação, é que é, o mesmo povo que vota. Agora são eleições diferentes, com particularidades diferentes. São outros trabalhos a serem julgados, outras propostas a serem avaliadas e outros protagonistas em questão. No entanto, estes resultados provam que o poder não é uma quinta da qual certas pessoas se julgam donos, o povo pode querer mudanças.

In Entre Vilas

Bloco de Esquerda propõe comissão para rever Código do Trabalho

O Bloco de Esquerda vai propor a criação de uma comissão parlamentar para rever "as matérias decisivas" do Código do Trabalho até ao Verão, anunciou hoje o dirigente bloquista Francisco Louçã.

"Vamos apresentar uma proposta para revisão das matérias decisivas do código laboral e proporemos que haja uma comissão para o fazer até ao Verão", afirmou Francisco Louçã, em declarações à Lusa.

O deputado bloquista falava aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, a pedido da intersindical, que decorreu na sede do BE, em Lisboa.

"Queremos a revogação do código laboral, não queremos que se volte ao passado, com portarias de 1940, mas que seja introduzida uma legislação única e simples", disse.

In
Público (4-3-05)

sexta-feira, 4 de março de 2005

Só o BE respeita princípio da paridade no Parlamento

Dos cinco principais partidos parlamentares, o Bloco de Esquerda é o único que respeitará integralmente o princípio da paridade - muito apregoado em teoria mas pouco aplicado na prática - no conjunto das bancadas de São Bento.
Artigo publicado originalmente no DN de 2/3/05

Dos oito deputados eleitos pelo Bloco nas legislativas do dia 20, quatro são mulheres Ana Drago, Helena Pinto (eleitas por Lisboa), Alda Macedo (eleita pelo Porto) e Mariana Aiveca (Setúbal).
Nada que se compare, por exemplo, ao grupo parlamentar do CDS/PP. Com 12 eleitos nas legislativas, os democratas-cristãos têm apenas uma deputada Teresa Caeiro, que encabeçava a lista do partido pelo círculo de Leiria. Isto equivale a uma percentagem de apenas 8,3% de parlamentares do sexo feminino.
Também o grupo parlamentar do Partido Comunista passará a ter 12 deputados. Mas só há duas mulheres na bancada vermelha as "repetentes" Luísa Mesquita (eleita por Santarém) e Odete Santos (eleita pelo distrito de Setúbal). Uma percentagem igualmente muito escassa, embora seja o dobro da dos democratas-cristãos: 16,6%.
O Partido Socialista, que tem feito da paridade uma das suas principais bandeiras políticas, elege desta vez um número recorde de mulheres 34, num grupo parlamentar que totaliza 120 membros (falta ainda apurar quatro deputados pelos círculos da emigração).
As mulheres representam um total de 28,3% do grupo parlamentar rosa - um pouco menos de um terço, portanto. Entre elas, no entanto, apenas figurou uma cabeça-de-lista Matilde Sousa Franco (Coimbra).
Muito mais baixa é a percentagem de mulheres na nova bancada do PSD. Entre 72 eleitos, os sociais-democratas apenas têm seis parlamentares do sexo feminino. O que equivale a 8,3% - a mesma percentagem do CDS.
Zita Seabra (Coimbra), Regina Bastos (Aveiro), Ana Manso (Guarda), Ofélia Moleiro (Leiria), Helena Lopes da Costa (Lisboa) e Rosário Águas (Vila Real) são as deputadas sociais-democratas.

terça-feira, 1 de março de 2005

Reunião com aderentes e simpatizantes do Bloco

Reunião de aderentes e simpatizantes do Bloco, no próximo sábado dia 5 Março pelas 15h
na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco em Famalicão.

Comparece e traz um amigo!!!