segunda-feira, 26 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Pedro Soares responde a Nuno Melo
O eurodeputado do CDS não sabe, ou fez que não sabia, que aquele decreto lei (DL 797/76) nunca abrangeu a construção social promovida pelos municípios e, pelo contrário, até prevê um regime de excepção para as casas de iniciativa do então Ministério da Habitação e das câmaras municipais. Portanto, as câmaras municipais, até a de Famalicão (!), não estão obrigadas a utilizar um regime discriminatório que, de qualquer modo, seria sempre inconstitucional.
No entanto, à falta de melhor, foi naquela norma que se baseou a Câmara Municipal de Famalicão para excluir imigrantes de dois concursos para aquisição de habitação social. Os responsáveis municipais e Nuno Melo (presidente da Assembleia Municipal de V. N. de Famalicão) aparentaram indignação e tentaram convencer meio mundo de que apenas aplicaram a lei. Porém, o argumento destes eleitos pelo PSD/CDS é falso e não passa de uma reles desculpa. Aquele diploma seria sempre inaplicável no caso em questão.
Quanto às acusações enfurecidas contra o Bloco e a Câmara de Salvaterra de Magos, aqueles autarcas de Famalicão deviam ter dado um telefonema para os colegas de Salvaterra para ficarem esclarecidos, antes de dizerem tanta asneira junta. É que, nem de propósito, a Câmara de Salvaterra tinha aprovado para consulta pública, no passado dia 17 de Fevereiro, um regulamento para acesso a habitação social, sem qualquer norma discriminatória com base na nacionalidade. Bastava terem consultado o Diário da República de dia 25 de Fevereiro, quando aquele regulamento foi publicado, para se aperceberem que não tinham de aplicar a lei de 1976 e, ao mesmo tempo, aprenderem a fazer regulamentos sem discriminarem imigrantes que contribuem para a economia nacional.
Finalmente, esta luta do Bloco de Esquerda já obteve duas vitórias: o Governo comprometeu-se, no próximo Conselho de Ministros, a revogar aquele decreto lei obsoleto (que só pode originar mais “confusões” a alguns autarcas) e ficou claro para todos a consideração que a coligação PSD/CDS de Famalicão tem pelos imigrantes que trabalham e pagam impostos no município.
Pedro Soares
Deputado do BE
Não há comparação possível entre Famalicão e Salvaterra II
Mais aqui.
Não há comparação possível entre Famalicão e Salvaterra
Esta acusação demonstra o desespero da Câmara de V. N. de Famalicão perante esta situação.
Esclarecimento da Comissão Nacional Autárquica
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Salvaterra rejeita discriminação na habitação social
A Câmara de Salvaterra aprovou um regulamento que não discrimina a nacionalidade dos candidatos à habitação social no concelho.
Na sequência da denúncia feita pelo Bloco de Esquerda acerca da discriminação de cidadãos imigrantes no acesso à habitação social em Famalicão, o presidente desta autarquia procurou desviar as atenções, acusando a Câmara de Salvaterra de Magos de ter um regulamento aprovado há várias décadas, decorrente da lei de 1976 em vigor.
"A presidente da CM de Salvaterra de Magos, confrontada com a questão, teve uma atitude diametralmente oposta à do seu colega de Famalicão", afirma a Comissão Nacional Autárquica do Bloco em nota divulgada à imprensa.
É que ao contrário de Armindo Costa, eleito pela coligação PSD/CDS em Famalicão, Ana Cristina Ribeiro "manifestou de imediato discordância quanto à exigência de que só se poderiam candidatar à habitação social cidadãos portugueses e, mesmo antes de confirmar junto dos respectivos serviços sobre o conteúdo do texto, declarou que a haver uma eventual menção discriminatória só poderia ser por lapso e que, nesse caso, seria de imediato corrigida".
Na reunião ocorrida esta quarta-feira, o executivo de Salvaterra aprovou um regulamento para a habitação social sem a menção à nacionalidade dos candidatos. Os anteriores regulamentos, aprovados antes dos mandatos das listas do Bloco, já não estavam em vigor. Pelo contrário, a autarquia de Famalicão vai manter a norma discriminatória para os concursos que decorrem, apesar das queixas serem públicas.
O novo regulamento para atribuição de casas em Salvaterra foi aprovado a 17 de Fevereiro, tendo cumprido o período de discussão pública antes de ser agora aprovado na versão final.
O deputado bloquista Pedro Soares já manifestou ao secretário de Estado da Administração Local a sua preocupação com a aplicação de regulamentos semelhantes e José Junqueiro prometeu "intervir", por considerar "a situação inadmissível", diz o jornal Público.
A Câmara de Salvaterra aprovou um regulamento que não discrimina a nacionalidade dos candidatos à habitação social no concelho.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
BE Famalicão acusa Câmara de ilegalidade no concurso de aquisição de habitação social
O deputado eleito pelo Círculo de Braga, Pedro Soares, confrontou já o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, na passada, terça-feira, em sede de Comissão Parlamentar do Poder Local, sobre este acto discriminatório, solicitando também a intervenção daquele governante, junto da autarquia, no sentido de ser urgentemente abolido aquele critério.
Bloco de Esquerda de Famalicão exige que a Câmara Municipal proceda de imediato à anulação dos referidos editais e lance um novo concurso público, reformulando os critérios de acesso, de modo a que TODOS os cidadãos, nacionais ou não, que residam e trabalhem no território nacional possam candidatar-se à aquisição das referidas habitações.
Se tal não acontecer, o BE irá recorrer a entidades, como por exemplo, a Comissão para a Igualdade e contra a discriminação racial, ao Alto Comissariado para a Imigração e minorias étnicas, à Inspecção Geral da Administração Local (IGAL), ou mesmo ao Ministério Público, no sentido de levar a autarquia famalicense a sanar esta grave inconstitucionalidade.
Texto integral da Conferência de Imprensa
Notícia no Diário do Minho