terça-feira, 29 de abril de 2008
Blog do Jovens do BE de Braga
Os jovens do Bloco de Esquerda de Braga lançaram um novo blog , que conta a participação de tod@s os jovens bloquistas do distrito.
Este blog inclui notícias, textos de opinião, fotos, divulgação de eventos, vídeos, etc.
Blog: http://jovensbebraga.blogspot.com/
Contactos: jovensbebraga@gmail.com
sábado, 26 de abril de 2008
BE nas comemorações do 25 de Abril.
As intervenções foram feitas por Cátia Silva e José Luís Araújo.
Intervenção de Cátia Silva
Intervenção de José Luís Araújo
quarta-feira, 23 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Maré Alta de 16/04/2008
Tem se falado muito nos últimos tempos nas parcerias publico - privadas em várias áreas de acção do Estado. Uma maneira encontrada para entregar a entidades privadas as responsabilidades que o Estado tem obrigação de prestar às populações.
Deixo claro que sou frontalmente contra este tipo de negócios, desde logo pelo tipo de objectivos de cada uma das partes. Enquanto os privados têm como objectivo principal a obtenção de lucro, mesmo que seja a médio ou longo prazo; o Estado tem como único objectivo assegurar a prestação dos serviços constitucionalmente consagrados, nomeadamente a Saúde, o Ensino, a Justiça, a Segurança, etc. de uma forma equitativa e gratuita a todos os portugueses. Não tendo como objectivo o lucro, o Estado deve prestar serviços da melhor qualidade ao menor custo. Assim sendo os objectivos do Estado e das entidades privadas são incompatíveis. O Estado existe para responder a necessidades das pessoas, o marketing dos privados cria necessidades onde elas não existem e ignora outras necessidades quando isso condiciona a obtenção de lucro.
Quando o Estado entrega as suas responsabilidades sociais nas mãos vorazes dos privados, das duas uma: ou a qualidade dos serviços prestados diminui, ou esse serviço irá ficar mais caro aos cofres do Estado. Tivemos recentemente a prova disso com a gestão de alguns hospitais, que acabaram por ter elevados prejuízos sendo geridos por privados.
Naturalmente que não sou contra a existência de privados a prestar serviços como a saúde ou o ensino - devidamente regulamentados – como complemento da oferta à população. No entanto, não podemos aceitar que o Estado deixe degradar a qualidade dos serviços que tem obrigação de prestar, pelo simples facto de existirem privados, como tem sido feito pelos sucessivos governos nos últimos tempos.
A situação económica que hoje vivemos, com os elevados impostos que pagamos e ainda com o pagamento de taxas moderadoras para termos acesso aos serviços que deveriam ser efectivamente gratuitos, deve-se em grande parte à ruinosa gestão do Estado por políticos que preferem “vender” o Estado aos interesses privados em vez de criarem condições para que os funcionários públicos prestem o melhor serviço às populações e profissionalmente se realizem sem serem tentados a recorrerem a situações de promiscuidade lesivas dos interesses do Estado e consequentemente das populações.
O recurso a parcerias com privados para a construção e manutenção de infra-estruturas e prestação serviços do Estado é uma evidente demonstração de incompetência e incapacidade na gestão do Estado pelos governos e pelas autarquias, partindo do princípio que não existem interesses pessoais ou corporativos nesses mesmos negócios.
(Crónica de José Luís Araújo, publicada no Jornal Opinião Pública em 16/04/2008)
Ouvir aqui.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
A geração mais qualificada de sempre é a mais explorada.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, foi hoje questionado no Parlamento pelo Bloco de Esquerda acerca da precariedade laboral no país e não foi capaz de dar respostas aos desafios lançados.
José Soeiro apresentou uma interpelação ao governo sobre a precariedade laboral, lembrando que a precariedade laboral e social é uma questão de civilização e que o número de trabalhadores contratados a prazo duplicou na última década, representando já mais de 1,8 milhões de trabalhadores (21% da população empregada).
"A geração mais qualificada de sempre é a mais explorada e com piores direitos sociais. 500 euros, de contrato em contrato, é o seu destino aos vinte e poucos, aos vinte e muitos, aos trinta e tal" (...) "Há em Portugal mais de 900 mil pessoas que trabalham a recibo verde. A maioria delas são na verdade trabalhadoras por conta de outrem. O falso recibo verde é um símbolo maior da precariedade". Estas 900 mil pessoas não têm subsídio de desemprego se ficarem sem trabalho (...), não podem ficar doentes (..), não podem ser pais nem mães" lembrou o deputado José Soeiro.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Nota de Imprensa: centro escolar de Joane
Nota de Imprensa
O Secretariado Concelhio de Vila Nova de Famalicão do Bloco de Esquerda recebeu com surpresa e estupefacção a notícia de que existe um projecto privado de construção do centro escolar de Joane, de que a Câmara Municipal tem conhecimento, mas que não foi até à data colocado à discussão, nomeadamente em sede de Assembleia Municipal.
Os bloquistas de Famalicão recordam que o concelho tem uma carta escolar aprovada, da qual não consta este projecto de parceria público-privada, tratado no maior secretismo e cujos contornos devem ser publicamente esclarecidos com a máxima urgência.
A defesa de um ensino de qualidade e da escola pública não se compadece com estas iniciativas privatizadoras, que para já prometem ensino gratuito mas poderão ser um prenúncio do ensino pago logo a partir do 1º ciclo.
O Bloco de Esquerda de Famalicão exprime também total solidariedade à Assembleia de Escola do Agrupamento Bernardino Machado, que exige que a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) indefira o projecto privado de construção do centro escolar.
O Secretariado Concelhio de Famalicão do Bloco de Esquerda
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Esquerda 27
Entrevista completa em esquerda.net
Entrevista de Carlos Santos e Luís Leiria.
Fotos de Nino Alves
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domingo, 6 de abril de 2008
Indecente.
O Bloco de Esquerda considera "indecente" a nomeação do ex-ministro socialista Jorge Coelho para a presidência da construtora Mota Engil, insistindo na necessidade de um período de dez anos de incompatibilidade entre funções públicas e privadas.
(via Expresso)
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quinta-feira, 3 de abril de 2008
Maré Alta de 02/04/2008
O outro lado dos números
Naturalmente que é um sinal positivo que um sector tão sensível como os têxteis tenha conseguido aumentar as exportações, levando a acreditar que a crise poderá vir a diminuir. Temos que reconhecer o esforço e capacidade de muitos gestores e responsáveis das empresas que foram capazes de as manter a funcionar.
Mas perante tanto optimismo é importante não isolar os números e fazer o seu enquadramento social. Este aumento das exportações não representou uma redução do número desempregados na região, no máximo atenuou o seu crescimento. Estes aumentos das exportações não representaram aumentos dos ordenados dos trabalhadores (as) deste sector, mesmo a grande maioria deles ganhando o ordenado mínimo.
Mais preocupante é o facto de as empresas têxteis (e não só) se terem aguentado, em grande parte, à custa do trabalho precário. A sucesso das exportações dos têxteis deve-se, em grande parte ao esforço dos (as) trabalhadores (as), muitos deles precários e que foram simplesmente esquecidos nos “festejos” da comitiva governamental.
Eliana trabalhou temporariamente durante alguns meses numa empresa de referência do sector têxtil de V. N. de Famalicão. Eliana aprofundou os seus conhecimentos uns anos antes nas Novas Oportunidades, consciente da importância que as qualificações representam num mercado cada vez mais competitivo. Apesar de ter sido considerada pelas colegas exemplar do desempenho das suas funções e de apenas ganhar o ordenado mínimo, numa sexta-feira foi informada que na segunda-feira seguinte já não seria necessária. O sucesso da empresa não se compadece com qualquer projecto de vida que a Eliana tenha, não importa se há filhos para sustentar ou casa para pagar ou qualquer outro encargo. Agora já nem a qualidade do trabalho e a eficiência são argumentos para conseguir alguma estabilidade laboral. A crise a isso obriga, dirão alguns.
Da mesma forma que Sócrates elogiou o desempenho dos empresários, deveria ter sido reconhecido o sacrifício de todos (as) quantos (as) sendo atingidos pela precariedade, acabaram por ser considerados como apenas mais um mero elemento no processo, que facilmente se descarta e se substitui. Deveria também ser lembrado que o aumento das exportações foi conseguido por um significativo aumento das exigências laborais, em alguns casos acompanhadas de ameaças de despedimento caso não fossem atingidos os objectivos.
Se é legitimo reconhecer o trabalho dos empresários, não é aceitável que, sendo os trabalhadores os mais sacrificados em todo este processo, não terem sequer sido lembrados nestas acções de propaganda.
(Crónica de José Luís Araújo, publicada no Jornal Opinião Pública em 02/04/2008)