Bloco de Esquerda avança com lista em Joane
“O executivo já não é capaz de sonhar"
Joane vai ter uma candidatura do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia. Essa decisão foi assumida na última reunião do Secretariado Concelhio, mas ainda não está nada definido quanto ao rosto que a vai liderar. Em entrevista ao Entre Vilas, Manuel Cunha afirma que o candidato será escolhido pelo grupo que está a trabalhar o processo autárquico e acrescenta que o BE tem condições para eleger um representante para o órgão deliberativo.
Bloco Esquerda nas últimas eleições surpreenderam-no?
Pela dinâmica de campanha não posso dizer que constituiu uma surpresa. No princípio as expecativas não eram tão elevadas. Não contava chegar aí, mas após a primeira semana de campanha começámos a acreditar, pela receptividade que havia das nossas acções e propostas. Triplicamos a votação de há 3 anos atrás com uma campanha de militantes, sem grandes meios e congratulamo-nos, também, porque fomos quem provocou o debate no distrito.
Na vila de Joane, tal como no concelho de Famalicão, o BE ultrapassou a CDU, tornando-se na quarta força política...
Tivemos os votos que nos confiaram ou os que merecemos. Sinal de que a nossa mensagem passou e as nossas propostas foram bem aceites. Não fomos buscar votos à CDU, até porque também não registaram descida na votação. Não fomos, por isso, ocupar o espaço da CDU.
Transportando essas indicações para as eleições autárquicas perspectivam um bom resultado?
O processo autárquico está a conhecer desenvolvimentos, num trabalho que está a ser feito pelo Secretariado Concelhio, a distrital e o dirigente nacional para as autárquicas [Pedro Soares]. Não temos representação nos órgãos autárquicos e, por isso, não temos a visibilidade que outros partidos têm, mas nos últimos 3 anos temos um trabalho realizado. Tomaram-se posições públicas sobre a vida autárquica do concelho e não estamos alheados do que se passou durante este mandato.
É um acto eleitoral que assume particular importância para uma força política que está em ascensão?
É-o na medida em que poderemos assegurar a eleição de representantes nos órgãos locais, o que dará uma maior projecção ao BE. Esse é um dos nossos objectivos para o embate de Outubro.
A vila de Joane vai ter candidato bloquista?
Sim, está definido que esta localidade será uma das que o BE vai apresentar candidatura. Há um grupo que está a trabalhar na elaboração da lista que será apresentada em Maio, após a convenção nacional. Será uma lista credível capaz de trazer propostas interessantes para o debate político. De resto, é nossa intenção provocar o debate. Estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado, que para mim tem sido uma surpresa agradável. Existem muitos jovens a aderir ao BE, alguns que militaram noutros partidos mas que estão disponíveis para trabalhar na formação de lista em Joane.
Já se discutiram nomes para liderar essa candidatura?
Aquilo que temos definido é que o cabeça de lista será eleito pelo grupo. É preciso que o rosto que nos vai representar tenha confiança da estrutura e repudiamos o aparecimento de salvadores da pátria. As regras são estas e o cabeça de lista escolhido por todo o grupo.
A eleição de um representante para a Assembleia de Freguesia é o vosso objectivo?
Primeiro queremos apresentar lista credível e não concorra por concorrer. Temos que constituir um grupo de pessoas capazes de elaborar um programa e que discutam Joane. O nosso primeiro objectivo é provocar o debate e depois munirmo-nos de pessoas com capacidade para assumir as responsabilidades que o povo lhe conferir.
O debate político tem andado arredado da vila?
Muito arredado. Apenas acontece nalgumas reuniões da Assembleia de Freguesia, por vezes relacionados com questões menores e sem grande importância, quando o que deveria ser relevado não o é.
É uma crítica que faz às outras forças políticas?
É a constatação de um facto. Uma que não é só minha mas de muitos joanenses. Não há debate porque muitas vezes as questões pessoais sobrepõe os interesses de Joane. Se eleger um representante do BE este cenário irá mudar com toda a certeza. Não quer dizer que não haja pessoas com qualidade naquele órgão e que não levam questões interessantes, mas não há grande debate.
In Entre Vilas (27-04-05)
Bloco Esquerda nas últimas eleições surpreenderam-no?
Pela dinâmica de campanha não posso dizer que constituiu uma surpresa. No princípio as expecativas não eram tão elevadas. Não contava chegar aí, mas após a primeira semana de campanha começámos a acreditar, pela receptividade que havia das nossas acções e propostas. Triplicamos a votação de há 3 anos atrás com uma campanha de militantes, sem grandes meios e congratulamo-nos, também, porque fomos quem provocou o debate no distrito.
Na vila de Joane, tal como no concelho de Famalicão, o BE ultrapassou a CDU, tornando-se na quarta força política...
Tivemos os votos que nos confiaram ou os que merecemos. Sinal de que a nossa mensagem passou e as nossas propostas foram bem aceites. Não fomos buscar votos à CDU, até porque também não registaram descida na votação. Não fomos, por isso, ocupar o espaço da CDU.
Transportando essas indicações para as eleições autárquicas perspectivam um bom resultado?
O processo autárquico está a conhecer desenvolvimentos, num trabalho que está a ser feito pelo Secretariado Concelhio, a distrital e o dirigente nacional para as autárquicas [Pedro Soares]. Não temos representação nos órgãos autárquicos e, por isso, não temos a visibilidade que outros partidos têm, mas nos últimos 3 anos temos um trabalho realizado. Tomaram-se posições públicas sobre a vida autárquica do concelho e não estamos alheados do que se passou durante este mandato.
É um acto eleitoral que assume particular importância para uma força política que está em ascensão?
É-o na medida em que poderemos assegurar a eleição de representantes nos órgãos locais, o que dará uma maior projecção ao BE. Esse é um dos nossos objectivos para o embate de Outubro.
A vila de Joane vai ter candidato bloquista?
Sim, está definido que esta localidade será uma das que o BE vai apresentar candidatura. Há um grupo que está a trabalhar na elaboração da lista que será apresentada em Maio, após a convenção nacional. Será uma lista credível capaz de trazer propostas interessantes para o debate político. De resto, é nossa intenção provocar o debate. Estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado, que para mim tem sido uma surpresa agradável. Existem muitos jovens a aderir ao BE, alguns que militaram noutros partidos mas que estão disponíveis para trabalhar na formação de lista em Joane.
Já se discutiram nomes para liderar essa candidatura?
Aquilo que temos definido é que o cabeça de lista será eleito pelo grupo. É preciso que o rosto que nos vai representar tenha confiança da estrutura e repudiamos o aparecimento de salvadores da pátria. As regras são estas e o cabeça de lista escolhido por todo o grupo.
A eleição de um representante para a Assembleia de Freguesia é o vosso objectivo?
Primeiro queremos apresentar lista credível e não concorra por concorrer. Temos que constituir um grupo de pessoas capazes de elaborar um programa e que discutam Joane. O nosso primeiro objectivo é provocar o debate e depois munirmo-nos de pessoas com capacidade para assumir as responsabilidades que o povo lhe conferir.
O debate político tem andado arredado da vila?
Muito arredado. Apenas acontece nalgumas reuniões da Assembleia de Freguesia, por vezes relacionados com questões menores e sem grande importância, quando o que deveria ser relevado não o é.
É uma crítica que faz às outras forças políticas?
É a constatação de um facto. Uma que não é só minha mas de muitos joanenses. Não há debate porque muitas vezes as questões pessoais sobrepõe os interesses de Joane. Se eleger um representante do BE este cenário irá mudar com toda a certeza. Não quer dizer que não haja pessoas com qualidade naquele órgão e que não levam questões interessantes, mas não há grande debate.
In Entre Vilas (27-04-05)