É inadmissível que seja uma entidade com obrigação de prestar serviço público a não observar o princípio sagrado de qualquer processo eleitoral que é o tratamento equitativo e com igualdade de oportunidades das diversas candidaturas.
A RTPN, com este tipo de procedimento, está a violar a lei, a intervir de modo parcial na campanha eleitoral e a prejudicar candidaturas em detrimento de outras. Acresce que não tem qualquer fundamento a previsível argumentação da impossibilidade técnica da participação de mais candidaturas, uma vez que a própria RTP emite semanalmente dois programas, Prós e Contras e Estado da Nação, com meia dúzia de convidados, sendo que no primeiro há ainda lugar a uma dezena de intervenções da assistência.
Trata-se de uma situação profundamente anti-democrática que, objectivamente, pretende excluir do debate as restantes candidaturas.
Perante esta prática, é legítimo questionar a direcção de informação da RTP sobre quais os interesses que pretende efectivamente favorecer.
O Bloco de Esquerda, que tem vindo a apresentar ideias, propostas e soluções para os graves problemas que decorrem da crise social e económica que afecta o distrito de Braga, insurge-se contra esta política (des)informativa dos responsáveis da RTP e solicitou à CNE uma intervenção urgente, no âmbito das suas competências, de modo a pôr cobro a esta flagrante violação da Lei Eleitoral.
A Coordenadora do BE/Braga
(Ler texto enviado à CNE)