A Coordenadora do Bloco de esquerda de Famalicão lamenta o desprezo a que o Concelho foi votado pelo Governo, ao incluir no PIDDAC de 2010 apenas dois projectos, que totalizam a irrisória quantia de 348 mil euros.
Este desprezo é, alias extensível a todo o Distrito de Braga, cujo PIDDAC representa a verba mais baixa dos últimos 10 anos, e representa uma escandalosa discriminação negativa em relação aos municípios que não são geridos pelo Partido Socialista como é o caso de Famalicão.
Com este PIDDAC comprova-se uma vez mais que o Governo, ao reduzir drasticamente o investimento público está a fazer exactamente o oposto do que prometeu e do que era aconselhável numa situação de crise.
O Bloco de Esquerda não se conforma com esta situação e por isso apresentou na Assembleia da República um conjunto de propostas para reforço do PIDDAC no Distrito de Braga, que totalizam um acréscimo de investimento de apenas cerca de 17 milhões de euros. Uma verba que, a somar aos 31,5 milhões propostos pelo Governo, perfaz pouco mais de 48 milhões, um total que, ainda assim continua a situar o PIDDAC de 2010 como o mais baixo dos últimos anos, e a representar metade das verbas transferidas para o Distrito o ano passado.
Para o Concelho de Famalicão o Bloco de Esquerda propõe a inclusão de três projectos considerados fundamentais: a construção do novo Quartel da GNR de Riba D’Ave e a construção da Variante à Vila de Joane, projectos esses há muito tempo discutidos e prometidos e que nunca mais saem do papel, vem como uma verba para a recuperação da via intermunicipal, uma ligação fundamental para os concelhos de Famalicão, Vizela, Guimarães e Santo Tirso, que é hoje uma estrada perigosíssima.
O Bloco de Esquerda lamenta ainda que as afirmações do presidente da Câmara de Famalicão, desvalorizando a importância do PIDDAC, reforcem, em vez de combaterem, as afirmações de dirigentes socialistas que, envergonhados com as verbas atribuídas pelo Governo ao Distrito, se apressaram até a defender o fim do PIDDAC!
Com estas afirmações Armindo Costa parece dizer que Famalicão já não precisa de financiamento, o que é de uma enorme arrogância e irresponsabilidade achar-se que há instrumentos financeiros que se podem dispensar, até parece que em Famalicão já está tudo feito.
A Coordenadora Concelhia