As candidaturas de Marcelo Oliveira à Assembleia de Freguesia de Oliveira e de Jorge Abreu à Assembleia de Freguesia de Pedome, ambas pelo Bloco de Esquerda (BE), foram feitas no dia 22 de Agosto em Oliveira Santa Maria. A sessão de apresentação contou também com a presença de José Luís Araújo, cabeça de lista à Assembleia Municipal de Famalicão, e de Ana Rute Marcelino, cabeça de lista à Câmara Municipal da mesma cidade. Pedro Soares, cabeça de lista às eleições legislativas do círculo de Braga pelo BE, também marcou presença e fez a intervenção mais longa, dando um fim à sessão.
Marcelo Oliveira, num discurso breve mas ambicioso, afirma não ser “um homem de palavras, mas de acções”. Jorge Abreu, por sua vez, afirma que Pedome “precisa de evoluir e tem potencial para que isso aconteça, potencial esse que deve ser explorado”.
José Luís Araújo refere-se à importância do trabalho daqueles menos visíveis no processo político e Ana Rute Marcelino fala sobre os problemas do concelho de Famalicão, denunciando problemas como a falta de saneamentos básicos ou de passeios nas estradas.
Finalmente, Pedro Soares saúda os candidatos e as candidatas a cerca de 700 freguesias que dão a cara pelo BE e “querem construir uma alternativa ao Bloco Central”. Afirmando que “o Bloco ouve as preocupações das pessoas e está do lado delas”, o candidato mostra-se preocupado com as maiorias absolutas, dizendo que muitas vezes levam à crença, por parte daqueles que a detêm, de que são “donos dos votos, das terras, das freguesias”. Afirma também que “isto tem de acabar” e que é necessária a existência do debate político e da troca de opiniões. “As maiorias absolutas tendem a acabar com esse debate de ideias”, debate esse que Pedro Soares considera necessário para a evolução do mundo. Assim, o candidato pede um contributo para o fim das maiorias absolutas, de modo a criar “mais debate, mais clareza, mais transparência”.
Soares refere-se também ao papel das juntas de freguesia, dizendo que “deviam ter as competências da Câmara”, e não apenas a função de passar licenças, e que “as Câmaras deviam ter outro tipo de competências, mais de coordenação. As autarquias não podem servir apenas para fazer rotundas. Devem colocar as pessoas em primeiro lugar. São as pessoas que aqui vivem que importam. Esta terra não tinha sentido sem estas pessoas.”
O candidato pelo Bloco de Esquerda também se refere ao despedimento dos 36 trabalhadores por parte da Câmara de Guimarães, criticando a acção de António Magalhães, que “não quis assumir a situação de precariedade na sua Câmara”.
Para finalizar, Pedro Soares diz que “o Bloco tem demonstrado que é a esquerda de confiança, que é o socialismo verdadeiro” e afirma que tem confiança na mudança e que, para que ela aconteça, é preciso reforçar o BE.