segunda-feira, 19 de março de 2012

Plenário marca eleições e toma posição sobre greve e reformas administrativa e judicial

O núcleo de V. N. Famalicão do Bloco de Esquerda reuniu em Assembleia Concelhia no passado sábado, 17 de março, tendo como principais pontos de trabalho a preparação das eleições para a constituição da nova Comissão Coordenadora Concelhia, assim como a análise e discussão da situação política nacional e concelhia, onde se destacaram três assuntos: a greve geral de 22 de março, a reforma administrativa do poder local e a reforma ou reorganização da estrutura judiciária e as suas implicações no concelho e comarca.

Quanto às eleições para a nova coordenadora concelhia do BE, cujo mandato se estenderá pelos anos de 2012 a 2014, as mesmas terão lugar no próximo dia 21 de abril, entre as 15 e as 18 horas, na sede local do partido (Rua Ernesto Carvalho, Edf. Roma, Loja 13) e poderão ser acompanhadas por todos os interessados através do blog concelhio desta força política em www.befamalicao.com

Relativamente ao ponto da greve geral do próximo dia 22 de março, resultou da assembleia um apelo dos bloquistas famalicenses a todos os trabalhadores do concelho a que adiram a esta greve, apesar de um espírito crescente de descrença, pois este ainda é um dos poucos meios que dispõem de se manifestarem contra o agravamento das condições laborais, a acentuada precarização do trabalho e o galopante crescimento do desemprego, manifestando assim os trabalhadores a sua luta contra as políticas deste governo de favorecimento constante do capital em detrimento de quem só tem a sua força de trabalho, mas que ainda tem voz e que não vão ficar calados face aos roubos de que são vítimas, enquanto assistem ao favorecimento das elites financeiras, industriais, etc.

No que respeita à reforma administrativa do poder local e resumidamente, concluíram os aderentes e simpatizantes do Bloco de Esquerda que esta é, também, uma mera operação de afronta aos mais fracos - as freguesias - a coberto de uma racionalização da governação pública. Não que este país não precise de reformas, e especificamente uma reforma administrativa, a começar pela sempre adiada regionalização, mas estas exigem aturado estudo e conhecimento (que não abundam pelos atuais gabinetes ministeriais), processos sedimentados de auscultação e debate com as populações, para uma consequente e efetiva ordenação dos territórios e não apressados e mal gizados projetos de fusão de freguesias, para ‘troika’ ver. Também aqui é crucial que o povo se faça ouvir.

Por fim, e na senda reformista da liberal direita que nos governa, a ainda em discussão pública reorganização judiciária, cujas propostas acentuam os tiques centralistas deste bloco PSD/PP, esvaziando-se os serviços, neste caso de um bem essencial - a justiça - no evoluir civilizacional dos humanos, junto de populações cada vez mais carenciadas e esquecidas. E mesmo em concelhos (comarcas) com pujança demográfica e económica, como o nosso, há uma efetiva perda para os cidadãos (mais gravosa ainda para os “operadores judiciários”) que vêm o ‘seu tribunal a fugir’ para as cidades vizinhas. Façamo-nos ouvir.

17 de Março de 2011

A Coordenadora Concelhia