É preciso repor a legitimidade democrática em Riba de Ave
O ano de 2010 começou para a população de Riba de Ave sem poder autárquico “legítimo” e parece que assim vai continuar, não se sabendo por quanto tempo. Como é do conhecimento geral, os partidos representados na Assembleia de Freguesia, foram incapazes de se entenderem para constituir o executivo da Junta de Freguesia, ao recusarem todas as propostas apresentadas pelo presidente Armando Carvalho, mostrando um claro respeito pela democracia representativa, e a estima que deve merecer o órgão deliberativo Assembleia de Freguesia, pois é esta que tem o poder de eleger os restantes membros que compõem a Junta de Freguesia.
Na minha opinião, o Presidente Armando Carvalho, depois de ver rejeitadas as suas propostas de composição do executivo, devia desencadear o processo para, no mais curto espaço de tempo, tornar possível a realização de novas eleições e os ribadavenses (apesar de “saturados” de eleições) possam, nas urnas, ou ratificar a legítima decisão dos seus representantes ou, reconduzindo novamente Armando Carvalho (o qual até “já anunciou a recandidatura”) lhe dão a legitimidade de governar com maioria absoluta, ou (novamente) o “obrigam” a governar em coligação.
Ao não optar pela via da renúncia de todos os seus membros, o PSD e Armando Carvalho, estão a prestar um mau serviço a Riba de Ave e aos ribadavenses, tentando “obrigar” os eleitos do PS e da CDU, que são maioria na Assembleia de Freguesia, a tomar essa decisão, o que até agora quer uns quer outros não parecem estar na disposição de o fazer.
Com todo este imbróglio quem perde é Riba de Ave e as suas gentes, os quais e com um executivo legítimo e legitimado não deixaram de ser votados ao abandono pelo poder municipal, então como será agora se continuar por muito tempo esta indefinição?!
É notório e visível o desleixo a que a vila chegou… buracos nas ruas, falta de limpeza, nem um fugaz sinal de qualquer obra, por pequena que seja, etc.
Penso que é chegada a hora, passados já 3 meses das eleições autárquicas, de os partidos representados na Assembleia de Freguesia, duma vez por todas, se entenderem e chegarem a um acordo e constituírem o executivo, ou então demitirem-se e chamarem os ribadavenses a escolher novamente nas urnas quem querem à frente dos destinos de Riba de Ave.
Não nos esqueçamos que está projectada a construção de uma incineradora para Riba de Ave, que em nada vem contribuir para o progresso e o bem-estar dos ribadavenses, e que só uma Junta forte e legitimada é capaz de lhe fazer frente.
Adelino Mota
Crónica publicada no Jornal Opinião Pública em 20/01/2010
Na passada quarta-feira o Bloco de Esquerda de V. N. de Famalicão realizou uma recolha de assinaturas para a Petição pelo alargamento do acesso ao subsídio de desemprego e também a distribuição do jornal do BE.
