O concelho de Famalicão tem 5,6 médicos de família por cada 10 mil habitantes, um número inferior à média nacional, que se situa nos 6,4, segundo dados recentes da Entidade Reguladora da Saúde.A esta baixa cobertura soma-se a elevada média de idades destes profissionais, que prestam serviço nas 14 extensões de saúde daquele concelho, pelo que a situação deverá agravar-se nos próximos anos.
A constatação foi feita por Fátima Moreira, membro do Conselho Clínico do Agrupamento de Saúde de Famalicão durante a visita que os candidatos do Bloco de Esquerda realizaram ao Centro de Saúde de Delães.
Aquele equipamento, onde convivem dois modelos de gestão diferente, ou seja, uma extensão de saúde clássica e uma unidade de saúde familiar (USF) levou aquela responsável a descrever prestação de cuidados como “uma saúde com duas caras”, sendo que a USF é aquela que, na sua opinião, “melhor serve os doentes”.
Na verdade, as recém criadas unidades de saúde familiar, funcionam com um modelo de gestão com equipamentos próprios, objectivos específicos, uma equipa própria, que recebe de acordo com a sua produtividade. O resultado é, segundo Fátima Moreira “um maior número de consultas, uma maior vigilância na saúde infantil e materna, mais visitas domiciliárias, maior produtividade”.
Pedro Soares, cabeça de lista do Bloco mostrou-se satisfeito com a melhoria de prestação de cuidados de saúde que as unidades de saúde familiar trouxeram, até porque a sua generalização faz parte do programa eleitoral do Bloco de Esquerda.
O primeiro candidato do Bloco confirmou também que a crise económica e social que se vive no distrito se reflecte numa maior procura do centro de saúde, nomeadamente em virtude de uma aumento de situações de depressão.
Os atrasos no pagamento da mensalidade da creche, ou a diminuição da mensalidade, por força da redução dos rendimentos das famílias é outro sintoma sentido, desta vez na Associação “Mundos de Vida” uma IPSS com um trabalho notável, ao nível do apoio social, que os candidatos do Bloco também visitaram na freguesia de Lousado.
Manuel Araújo, falou das dificuldades de organização, de financiamento e de apoio, por parte do Estado, ao chamado terceiro sector, e Pedro Soares, à semelhança do que já havia referido perante outros dirigentes de IPSS, garantiu que o Bloco de Esquerda irá propor, em sede parlamentar, um apoio mais justo e mais consequente com a missão de serviço público que estas instituições prestam, no apoio às populações.
