O recente anúncio da recandidatura de Armindo Costa à presidência da Câmara Municipal de Famalicão veio desvendar um segredo, que não o sendo, manifesta as dificuldades porque passa a coligação PSD/PP.
Os últimos actos praticados pela Câmara Municipal e a “intensa actividade” do presidente Armindo Costa na colocação de primeiras pedras em tudo que é pequena obra, com destaque para as realizadas nos adros das Igrejas, só podiam ser vistos como iniciativas de pré-campanha eleitoral.
Extraordinário é o facto de o anúncio da candidatura não seja para mostrar a obra feita, mas sim para voltar a prometer as mesmas obras que não conseguiu concretizar em 2 mandatos.
Do mandato que Armindo Costa agora termina há a reter uma preocupante discriminação das freguesias em função da cor política que governa a respectiva Junta de Freguesia e a afirmação de um narcisismo condenável, através de propaganda paga pelo município.
O mandato que agora termina foi o mandato em que os famalicenses mais pagaram a factura de uma politica errada, foi o acentuar da crise e a falta de soluções no apoio às famílias, ao tomam medidas para entregar ao capital privado a gestão dos equipamentos desportivos, num negócio ruinoso para o município que irá condicionar o futuro do concelho.
A recandidatura de Armindo Costa manifesta a continuidade da política até aqui praticada, de que a arrogância da maioria absoluta no desprezo pela oposição é o expoente máximo.
Esta recandidatura revela ainda um estranho apego ao poder de Armindo Costa e por outro lado uma manifesta incapacidade de renovação dos partidos que compõem a Coligação e ainda a continuidade de diversos interesses que se foram instalando na gestão do município.
O Bloco de Esquerda, que se apresenta ao próximo acto eleitoral com o objectivo de impedir a maioria absoluta, apresenta aos famalicenses uma candidatura sustentada num programa de acção para todo o concelho na convicção de que, pela primeira vez, V. N. de Famalicão irá ter um vereador de uma esquerda verdadeira que irá contribuir para a mudança de que o concelho precisa.