segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Francisco Loucã em Famalicão

No âmbito da campanha às Presidenciais 2006, o candidato Francisco Loucã, apoiado pelo Bloco de Esquerda, estará no próximo dia 4 de Dezembro em Vila Nova de Famalicão. O programa para esse dia é o seguinte:

11H – Vila Nova de Famalicão (a comitiva percorrerá as ruas da cidade, distribuindo propaganda).

13H – Almoço convívio em Oliveira Santa Maria com apoiantes da candidatura n'O Cantinho das Lavradeiras (ao lado da estação de serviço ESSO)

14H30 – Sessão Pública

Reservas: 912 359 904

As reservas devem ser feitas até sexta-feira, servem para o calcular o n.º de pessoas que estarão presentes. O facto de não fazer reserva, não impedirá ninguém de participar no almoço.


Participa !

Texto escrito por um professor de filosofia

Numa altura em que as faltas dos professores e sua actividade têm estado em destaque na acção do actual governo, chegou-nos à nossa caixa de correio um texto alegadamente escrito por um professor de filosofia, que passamos a transcrever:

“EU QUE O DIGA, POIS EM TEMPOS, QUANDO ERA O ÚLTIMO SUPLENTE NA VIGILÂNCIADE UM EXAME, CHEGUEI 5 MINUTOS ATRASADO, JÁ TINHA FALTA. TIVE DE IR A CORRER COMPRAR UM ATESTADO MÉDICO PARA JUSTIFICAR, E ESTAVA RIJO QUE NEM UM PÊRO. A MINHA PALAVRA NÃO SERVIA, MAS A MENTIRA DE UM MÉDICO JÁ SERVIA.”

O atestado médico

Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e, vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa. Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta. Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la? Passemos então à parte divertida.

A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico. Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aquido atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar a sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante. Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Milícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana.

Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI. O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente. O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente. Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente.

Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente. Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade. Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade.

Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados. Mas isso é normal.Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o "ET", que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões.

O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade.

Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D. Afonso Henriques, que Deus me perdoe. A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados. Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade.

Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida. Se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.

Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho. Pronto, sabemos que aquilo étudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade. Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros,mas vamos passar férias a Fortaleza.

Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.

Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.

Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico.

É Portugal que precisa, Antes que comece a vomitar sobre si próprio.

sábado, 19 de novembro de 2005

Morte de Militar Português no Afeganistão

O ministro da Defesa, Luís Amado, confirmou esta sexta-feira a morte de um militar português em Cabul numa explosão do qual resultaram ainda três militares de nacionalidade portuguesa feridos.

Em conferência de imprensa, o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Mendes Cabeçadas, precisou que a vítima mortal é o 1º sargento João Paulo Roma Pereira e que um dos feridos, Horácio da Silva Mourão, encontra-se em estado grave. Os outros dois feridos estão fora de perigo.

As famílias das vítimas já foram informadas, precisou.
in diáriodigital.sapo.pt


O Bloco de Esquerda reagiu a este incidente com a seguinte nota:

"O Bloco de Esquerda expressa a sua consternação pelo falecimento de um militar português num atentado que atingiu outros três soldados nacionais no Afeganistão. A oposição do Bloco de Esquerda ao envolvimento das forças armadas portuguesas no Iraque e no Afeganistão é conhecida de todos desde o primeiro dia.
Neste dia trágico, o Bloco expressa a sua solidariedade para com os familiares da vítima."

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Almoço distrital de apoio à candidatura de Francisco Loucã.

Vai-se realizar, no sábado, dia 5 de Novembro, pelas 13H, no restaurante Muralhas 2, em Barcelos, um almoço distrital de apoio à candidatura de Francisco Loucã.

Vem apoiar o nosso candidato.

O restaurante fica na freguesia de Arcozelo, Largo Ali-Bá-Bá, estrada nacional 103 Barcelos - Freixo na direcção de LIjó, logo a seguir à passagem da linha do caminho de ferro e o preço é 10 Euros.

Confirma a presença para:
José Maria Cardoso - 914330488
Luís Santos - 919099208
Rui Loureiro - 966000517

ou para :
jomcar@gmail.com ,
bloco-barcelos@clix.pt

Divulga e dinamiza esta primeira grande manifestação de apoio ao nosso candidato