Ir para a Galiza trabalhar como minhotos
O balanço a fazer da visita do ministro Vieira da Silva ao distrito de Braga é simples e claro: veio anunciar políticas de restrição aos direitos sociais dos subsídios de desemprego e de doença. Ao anunciar que “o Estado gasta por ano mil milhões de euros em subsídios de desemprego”, e defender “uma legislação mais eficaz na área do apoio social” (Agência Lusa, 1 de Julho), o que o ministro promete é mais da já conhecida política de contenção das despesas à custa dos direitos sociais dos trabalhadores.
O desenho da visita de três dias do ministro do desemprego ao distrito que o elegeu para o parlamento é revelador: visitou IPSS, jantou com associações empresariais, até teve um dia para acção de campanha junto dos seus confrades de Famalicão, contudo não houve tempo nem lugar para falar com os 800 trabalhadores da Lear da Póvoa de Lanhoso, nem com nenhum dos 50 mil trabalhadores desempregados do distrito.
Mas como ministro que se preze tem sempre uma promessa de solução, este ministro da famigerada “esquerda do PS” deixa-nos uma porta aberta. Constatou que “a região vive um momento difícil e é natural que as pessoas acabem por ir para outras zonas mais dinâmicas, como é o caso da Galiza”, e garantiu que tem “mantido várias reuniões com o governo espanhol para tentar resolver as desigualdades vividas pelos trabalhadores portugueses que estão a trabalhar na vizinha Galiza” (Correio do Minho, 1 de Julho).
Assim se fazem políticas sociais no governo PS: contêm-se as despesas da Segurança Social e resolve-se o desemprego mandando os nossos desempregados para Espanha trabalhar como galegos.
O desenho da visita de três dias do ministro do desemprego ao distrito que o elegeu para o parlamento é revelador: visitou IPSS, jantou com associações empresariais, até teve um dia para acção de campanha junto dos seus confrades de Famalicão, contudo não houve tempo nem lugar para falar com os 800 trabalhadores da Lear da Póvoa de Lanhoso, nem com nenhum dos 50 mil trabalhadores desempregados do distrito.
Mas como ministro que se preze tem sempre uma promessa de solução, este ministro da famigerada “esquerda do PS” deixa-nos uma porta aberta. Constatou que “a região vive um momento difícil e é natural que as pessoas acabem por ir para outras zonas mais dinâmicas, como é o caso da Galiza”, e garantiu que tem “mantido várias reuniões com o governo espanhol para tentar resolver as desigualdades vividas pelos trabalhadores portugueses que estão a trabalhar na vizinha Galiza” (Correio do Minho, 1 de Julho).
Assim se fazem políticas sociais no governo PS: contêm-se as despesas da Segurança Social e resolve-se o desemprego mandando os nossos desempregados para Espanha trabalhar como galegos.